Em meio à explosão de diagnósticos, nove estados e o Distrito Federal já bateram recorde anual de casos de dengue. Assim, há mais de duas décadas, essas unidades da federação não registravam tantos casos em um só ano. O levantamento foi realizado pelo Metrópoles, com base em dados de 2000 a 2024 do Ministério da Saúde.
As unidades da federação que registraram os recordes são: Amapá (com 5.557 neste ano), Bahia (202.957), Distrito Federal (254.586), Goiás (252.128), Minas Gerais (1.431.174), Paraná (535.433), Rio de Janeiro (251.190), Rio Grande do Sul (163.488), Santa Catarina (288.212) e São Paulo (1.397.796).
Nesta segunda-feira (20/5), o Brasil ultrapassou 5,1 milhões de casos de dengue em 2024. Segundo o Ministério da Saúde, o alto volume de casos registrados neste ano tem relação com fatores como as mudanças climáticas e com a circulação de mais de um sorotipo do vírus.
De janeiro a maio deste ano, o Distrito Federal somou mais de 254 mil casos de dengue e é a unidade da federação com maior incidência da doença. Até então, o ano com maior número de casos era 2020, quando foram computados 47.176 diagnósticos na capital federal.
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti. O Ministério da Saúde estima que cerca de 75% dos focos do vetor da dengue estejam nos domicílios. Confira algumas instruções da pasta para diminuir a proliferação:
Mantenha a caixa-d’água bem fechada; Receba os agentes da saúde e os de endemias; Amarre bem os sacos de lixo; Coloque areia nos vasos de planta; Guarde pneus em locais cobertos; Limpe bem as calhas de casa; e Não acumule sucata e entulho. Vacina contra a dengue O Ministério da Saúde, além de orientar a população com relação ao combate dos focos do vetor, também realiza a distribuição das vacinas contra a dengue aos estados e ao Distrito Federal. Segundo a pasta, até o momento, foram repassadas 2,6 milhões de doses dos imunizantes às unidades da federação.
O ministério já adquiriu todo o estoque disponível de vacinas contra a dengue para 2024 e 2025. Até o final deste ano, o Brasil receberá 5,2 milhões de doses, além da doação de 1,3 milhão de doses. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre cada uma delas.