As novas invasões de fazendas produtivas do Movimento Sem Terra (MST), anunciadas por João Pedro Stédile, líder do movimento, têm feito a oposição ao governo Lula se movimentar no Congresso Nacional. Após declarar o Abril Vermelho, como vem sendo chamadas as ações, Stédile participou da comitiva oficial do presidente Lula na viagem à China, durante a qual reforçou que o movimento não vai acontecer somente em abril. O deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) pediu a prisão de Stédile por meio de ofícios que encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, ao advogado-geral da União, Jorge Messias e ao procurador-geral de justiça do Estado de São Paulo, Mario Sarrubbo, além do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. O argumento é de que Stédile incitou invasões de terras em todo o Brasil. O deputado ainda encaminhou um ofício ao presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, com o objetivo de impedir a destinação de recursos públicos para o financiamento de novas ações do MST: “Solicito ao TCU a devida atenção e providências para garantir que nenhum ato ou recurso público seja utilizado em situações de invasão de propriedades”, diz o documento.
“Tudo isso tem um custo. O Brasil tem um custo público e, naturalmente, nós queremos a transparência e trazer essas informações à luz do dia, para que o Brasil possa saber, efetivamente. Porque esse é um movimento criminoso, movimento terrorista, que tem que ser abortado na sua origem. Portanto, o TCU falar também em um processo como esse é importante, porque entra dinheiro público, dos impostos, das pessoas. Por isso, queremos transparência”, disse o deputado Evair Vieira de Melo. Para o deputado Abilio Brunini (PL-MT), o melhor caminho para combater o MST é instalar a CPI do MST aqui na Câmara dos Deputados: “O MST está deitando e rolando e há um incentivo do governo federal para que isso continue acontecendo. Nós precisamos que a CPI do MST, que está aqui na Câmara pronta para ser aberta venha a ser instalada. O presidente Arthur Lira precisa dar abertura dessa CPI, que já tem as assinaturas, já tem tudo, para a gente conseguir fazer o contraponto e combater, trazer para a sociedade a verdade dos fatos, combater os atos de invasão”. Na madrugada desta terça-feira, 18, cerca de 200 famílias do MST invadiram duas áreas localizadas no distrito de Jacupemba e em Vila do Riacho, em Aracruz, no norte do Espírito Santo. A Polícia Militar atua nos locais para garantir a segurança.
*Com informações do repórter Bruno Pinheiro