InícioEditorialPolítica NacionalÉ uma covardia o PT não apoiar Haddad, diz José Dirceu

É uma covardia o PT não apoiar Haddad, diz José Dirceu

Ex-presidente do partido diz que papel da sigla é sustentar as propostas do governo e que medidas do Haddad são de Lula

Para Dirceu, o PT deve se reorganizar e repensar a sua estratégia de mobilização em 2024 Sérgio Lima/Poder360 – 13.fev.2023

PODER360 15.jan.2024 (segunda-feira) – 18h42

O ex-deputado federal e ex-presidente do PT, José Dirceu, disse que é “quase uma covardia” integrantes do PT não apoiarem as propostas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A fala se deu em um podcast da sigla no domingo (15.jan.2024).

O ex-ministro da Casa Civil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o debate e discussão de medidas do governo deve ser feito dentro de ministérios e bancadas do governo –ou seja, de maneira interna. Uma vez acordadas, seria papel da sigla sustentar e apoiar as propostas, segundo ele.

Assista:

“Não adianta criticar o Haddad, que é ministro da Fazenda, porque a política econômica é do governo do presidente Lula“, disse Dirceu ao ser questionado se as propostas do Lula e propostas do Haddad seriam diferentes.

Em 2023, Haddad e figuras do PT divergiram publicamente sobre a meta de deficit zero do Ministério da Economia. Uma resolução da sigla chegou a chamar a medida de “austericídio fiscal”.

Em uma entrevista no começo de 2024, Haddad se defendeu das críticas do próprio partido dizendo que podem “celebrar Bolsa, juros, câmbio, emprego, risco-país, PIB [Produto Interno Bruto] que passou o Canadá, essas coisas todas, e simultaneamente ter a resolução que fala ‘está tudo errado, tem que mudar tudo’”.

Depois da publicação, figuras do partido repercutiram a fala do ministro da Fazenda. Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que o partido está no “direito” de alertar o governo sobre uma “política fiscal contracionista” e que não considera estar “tudo errado” com as propostas da Fazenda.

O também deputado petista, Lindbergh Farias (PT-RJ), foi às redes sociais comentar a entrevista de Haddad. Ele também negou que o partido diga que “está tudo errado”. Disse que o governo teve muitos acertos, mas que a meta de deficit zero não seria uma delas.

O líder do governo na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR)– filho de José Dirceu– disse que a oposição ao ministro vem de uma “minoria no PT“.

CRÍTICAS E ELEIÇÕES 2024 José Dirceu, que é uma dos maiores líderes na história do partido, também fez críticas à mobilização popular do governo. Ele disse que deveriam ter promovido campanhas sobre suas principais propostas, citando como exemplo o marco temporal de terras indígenas e a Reforma Tributária.

Dirceu disse que o contrário se dá com a direita, que está, segundo ele, “ganhando a disputa político-eleitoral”, enquanto a esquerda perde territórios à medida que partidos do espectro político oposto se expandem.

O ex-deputado citou PL –do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), PP, Republicanos, União Brasil e o PSD como exemplos de siglas que “estão ficando fortes” e criando novos diretórios pelo Brasil.

A reorganização interna e mobilização das bases devem ser os maiores desafios do PT no ano eleitoral de 2024, segundo Dirceu. Ao mesmo tempo, o partido deve ponderar em quais cidades grandes e medianas deve investir esforços na campanha e apoiar candidatos de siglas aliadas.

“Lula teve 60% dos votos em mais de 2.000 municípios, tem que eleger vereadores nessas cidades. Pelo menos 2 vereadores em cada. Depois temos que disputar em cidades médias e grandes e nos apoiar nos aliados e onde podem vencer’, disse o ex-deputado federal.

Atualmente Dirceu não ocupa um cargo no governo Lula. Ele foi condenado durante a operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em dezembro, foi absolvido em uma ação penal oriunda da operação Lava Jato. O caso se refere ao processo em que o líder histórico do PT foi acusado de receber propina das empreiteiras Engevix e UTC.

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