Petróleo recua pelo 3º dia e União Europeia anuncia fim do gás russo até 2027

Representante da União Europeia para Assuntos Externos, Kaja Kallas (D), fala ao lado do chanceler do Brasil, Mauro Vieira – Foto: Evaristo SA / AFP

As cotações do petróleo experimentaram uma queda significativa nesta sexta-feira, 19, marcando o terceiro dia consecutivo de retrocesso. Esse cenário é impulsionado pela expectativa de uma oferta excessiva. Além disso, o gás não usufruiu dos benefícios de uma proposta da União Europeia, que anunciou um corte antecipado nas importações de gás natural liquefeito da Rússia.

A Comissão Europeia apresentou um novo “pacote” de medidas contra Moscou, o 19º desde o início da operação russa na Ucrânia em 2022. Dentre as ações propostas, destaca-se a eliminação gradual do gás natural liquefeito russo até 1º de janeiro de 2027, conforme anunciado por Kaja Kallas, a diplomata responsável pela política externa da UE.

Esse corte representa uma queda drástica nas importações, que já foram responsáveis por 45% do gás consumido na Europa antes do conflito, reduzido para apenas 19% em 2024, de acordo com análises do DNB Carnegie. Contudo, especialistas, como Andy Lipow da Lipow Oil Associates, lembram que o anúncio da União Europeia não deverá ter um impacto imediato no mercado.

Os contratos futuros de gás natural, representados pelo TTF holandês, apresentaram uma queda de 1,95%, correspondendo a 32,31 euros por megawatt/hora (MWh). No que diz respeito ao petróleo, o aumento na produção por parte dos membros da Opep+ também tem seu impacto nos preços. O barril do tipo Brent, negociado em Londres, caiu 1,13%, para 66,68 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) retrocedeu 1,40%, chegando a 62,68 dólares.

Diante desse cenário econômico, como você enxerga o futuro das cotações do petróleo e do gás? Compartilhe suas opiniões e análises nos comentários!