Na vibrante Chapada Diamantina, um projeto de lei apresentado pelo deputado Eduardo Salles (PP) na Assembleia Legislativa da Bahia promete engrandecer a rica cultura local. Se aprovado, Ibicoara será oficialmente reconhecida como a “Capital Baiana do Godó”, homenageando um prato tradicional que é muito mais do que uma simples iguaria; é um símbolo de identidade e pertencimento da comunidade.
O Godó, preparado com banana verde cozida e carne, é uma parte essencial das festividades locais. Presente em encontros familiares e festivais gastronômicos, ele representa a essência da cultura ibicoarense. “No Município de Ibicoara, o Godó não é apenas alimento — é celebração e memória afetiva”, destacou Salles, ressaltando sua importância nos eventos populares da região.
Esse prato, com raízes profundas nas comunidades rurais, é um legado dos garimpeiros e tropeiros que marcaram a história da região. O projeto enfatiza que a simplicidade no preparo do Godó carrega saberes tradicionais, passados de geração em geração, uma verdadeira expressão da culinária sertaneja.
Desde 2022, Ibicoara realiza o Festival do Godó, um evento crescente no calendário turístico da Chapada Diamantina. A cada edição, o festival atrai mais visitantes com apresentações culturais e uma rica programação voltada à valorização da gastronomia local. É uma oportunidade de deleitar-se com sabores autênticos enquanto mergulha na cultura regional.
Caso o município conquiste o título de “Capital Baiana do Godó”, Ibicoara poderá usar essa designação em suas campanhas promocionais e iniciativas culturais. Isso não apenas impulsionará o turismo, mas também se alinha às políticas de valorização da cultura alimentar no Brasil, promovidas pela Constituição Federal.
O Godó tem uma história que remonta ao auge do garimpo na região, no final do século XVIII. Servido tradicionalmente com carne seca, esse prato sustentou muitos garimpeiros durante longos dias de trabalho. Na década de 1930, em tempos de recessão, o Godó foi um alimento crucial que evitou a fome de inúmeras famílias, adaptando-se com ingredientes acessíveis, mas sempre mantendo sua essência.
Diante de tamanha riqueza cultural, é hora de celebrarmos e darmos voz a essa tradição. O que você acha dessa iniciativa? Compartilhe sua opinião nos comentários!