No cenário político atual, a tensão entre autoridades e figuras proeminentes vem ganhando contornos intensos. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) expressou sua indignação nesta segunda-feira (21/7) a respeito da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes determinou que os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentassem esclarecimentos em um prazo de 24 horas sobre o suposto descumprimento de medidas cautelares.
Em uma postagem no X, Nikolas disparou: “Nossa ditadura, através de um juiz, manda explicar e ameaça de prisão pra quem dá… entrevista.”
Essa decisão foi motivada por uma entrevista que Bolsonaro concedeu à imprensa após uma reunião organizada pelo Partido Liberal. Neste encontro, o ex-presidente não apenas falou sobre sua situação, mas também mostrou sua tornozeleira eletrônica, simbolizando o que ele considera uma “humilhação.”
Moraes, ao dispensar a ordem judicial, também lembrou que Bolsonaro está proibido de participar de transmissões em redes sociais, tanto as suas quanto as de terceiros. Essa restrição é parte das medidas cautelares que visam investigar possíveis ataques à soberania nacional. Segundo Moraes, se a defesa do ex-presidente não se manifestar no prazo estipulado, ele poderá decretar a prisão de Bolsonaro, conforme o artigo 312, §1º, do Código de Processo Penal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já foi notificada sobre essa decisão.
O debate em torno das ações de Bolsonaro se intensificou ainda mais após sua declaração na Câmara, que foi amplamente divulgada por veículos de comunicação e por seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Isso levou Moraes a considerar o compartilhamento como um indício de descumprimento das ordens judiciais, anexando prints da situação ao processo.
Medidas impostas contra Bolsonaro
- Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica;
- Recolhimento domiciliar noturno das 19h às 6h, de segunda a sexta-feira, e total nos fins de semana e feriados;
- Proibição de aproximação e acesso a embaixadas e consulados estrangeiros;
- Proibição de contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras;
- Proibição de contato com Eduardo Bolsonaro e investigados dos núcleos da trama golpista;
- Proibição de utilizar redes sociais, seja diretamente ou via terceiros, incluindo transmissões e veiculação de conteúdos relacionados a entrevistas.
A reunião na Câmara atraiu mais de 50 deputados e dois senadores, com a participação de parlamentares de diferentes partidos, se tornando um espaço para discutir as recentes decisões do STF e a operação da Polícia Federal em que Bolsonaro é mencionado. Com a condução do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), três comissões foram formadas: uma focada em comunicação, outra em articulação interna no Congresso, e uma terceira dedicada a ações externas para amplificar a voz do ex-presidente.
A situação continua a evoluir, e as repercussões políticas são cada vez mais palpáveis. O que você pensa sobre as medidas tomadas pelo STF e as reações dos apoiadores de Bolsonaro? Deixe sua opinião nos comentários!
