InícioEditorialPolítica NacionalEm greve, peritos do INSS dizem não ter retorno do governo

Em greve, peritos do INSS dizem não ter retorno do governo

Categoria realizará nova paralisação em 31 de janeiro; demanda é por reajuste salarial e plano de carreira

A Perícia Médica Federal está vinculada diretamente à União desde 2019. Antes, respondia ao INSS. Sérgio Lima/Poder360

Luísa Carvalho 24.jan.2024 (quarta-feira) – 20h10

A perícia médica do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) realizou uma paralisação nesta 5ª feira (24.jan.2024). Outra greve está marcada para 31 de janeiro. A categoria demanda reajuste salarial de 23%, contratação de 1.500 novos peritos e elaboração de um plano de carreira. 

O grupo já havia parado por 24 horas em 17 de janeiro. De lá para cá, não houve retorno do governo sobre a demanda, segundo a ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social).

 “Caso o Governo mantenha sua inércia e descaso em relação às reivindicações, a categoria cogita continuar com as paralisações pontuais e, até mesmo, instaurar um movimento paredista por tempo indeterminado“, afirmou o presidente da organização, Luiz Carlos de Teive e Argolo, ao Poder360.

A Perícia Médica Federal está vinculada diretamente à União desde 2019. Atualmente, fica sob responsabilidade do Ministério da Previdência Social. Antes, respondia ao INSS. 

O Poder360 entrou em contato com o ministério para entender como se posiciona sobre a greve, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

INSS SE PREOCUPA  A autarquia diz observar com preocupação o movimento grevista. “Quando uma carreira tão importante e fundamental como é a perícia para de atender as pessoas, elas não têm acesso ao benefício para se sustentar. Isso é muito grave”, afirmou o presidente Alessandro Stefanutto em entrevista ao Poder360 na 3ª feira (23.jan). 

O INSS age para que novas paralisações não interfiram no andamento da fila. Atualmente, a fila tem 1,5 milhão de pedidos sob análise. O tempo de concessão alcançou a menor espera deste mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 47 dias.

A ANMP afirma que, embora a categoria esteja vinculada ao INSS, o instituto poderia auxiliar nas negociações. “Caso tivesse interesse, (a autarquia) poderia diligenciar para convencer o Ministério a acelerar a resolução da greve“, afirma o presidente da associação.

“Mas não há mobilização nenhuma nessa linha, porque o descaso em relação aos servidores e à sociedade é uma característica comum a ambos no momento atual“, continua.

O INSS diz reconhecer o direito grevista, mas que o beneficiário “não pode ficar sem pagar as contas“.

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