Associações e entidades da área de comunicação repudiaram os ataques sofridos por profissionais de imprensa neste domingo (8/1), durante a cobertura dos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília. De acordo com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), ao menos oito profissionais da imprensa foram agredidos.
Um dos casos é o da fotojornalista do Metrópoles que foi agredida por 10 homens, teve os pertences roubados e os registros fotográficos apagados.
Outra jornalista também precisou deletar imagens feitas no celular: uma “veterana analista política”, de acordo com o sindicato, que colabora para o portal Brasil 247.
O sindicato também divulgou que um repórter do jornal O Tempo foi agredido e teve uma arma de fogo apontada para ele. Um repórter da TV Band teve o celular destruído e jornalistas da Folha e das agências Reuters e France Presse tiveram equipamentos de trabalho roubados.
Além disso, a reportagem do jornal O Globo testemunhou uma repórter da revista New Yorker ser derrubada no chão e agredida com chutes pelos terroristas bolsonaristas.
“A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e os 31 Sindicatos de Jornalistas filiados repudiam de forma veemente a invasão aos prédios públicos e os ataques à democracia brasileira”, diz nota divulgada pela Fenaj.
“Todos os acontecimentos em curso são resultado da inoperância do governo do Distrito Federal, de setores da segurança pública e Forças Armadas, que permitiram a escalada da violência e se mostraram coniventes com os grupos bolsonaristas, golpistas, que não respeitam o resultado das eleições, a Constituição e a democracia”, diz nota divulgada.
Além da Fenaj e do Sindicato dos Jornalistas, divulgaram notas de repúdio aos ataques a Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (Abej) e a Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública).