Alunos da USP (Universidade de São Paulo) têm promovido mobilizações contra a falta de professores na instituição e aprovaram uma greve que começará nesta quinta-feira, 21, em que reivindicam mais concursos para a contratação de mais docentes. A greve foi puxada pelos membros da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) que, na última segunda-feira, 18, realizaram uma manifestação no campus. A diretoria da faculdade então enviou um comunicado aos estudantes informando que as atividades estavam suspensas. Logo em seguida, os prédios foram esvaziados, trancados e agentes de segurança chegaram ao local. Com isso, cerca de mil estudantes foram ao prédio da administração para protestar e pedir a reabertura das unidades estudantis. O ato bloqueou a entrada do local, onde teve início de uma discussão com o diretor da faculdade. Os representantes dos centros acadêmicos e do Diretório Central dos Estudantes da USP foram até a administração onde apresentaram uma lista de exigências.
Foi requisitado a liberação dos prédios, a saída dos agentes de segurança dos espaços estudantis, o agendamento de uma reunião entre a reitoria da USP e os alunos e uma retratação pública do diretor da FFLCH. Os pedidos pela liberação dos prédios e retirada dos agentes foram atendidos. Segundo a reitoria da instituição, foram distribuídas 879 vagas de docentes para todas as unidades. Destas vagas, 70 seriam para a FFLCH, que ainda precisa realizar concursos para os cargos. Nesta terça-feira, 19, os alunos votaram em assembleia pela greve. Agora cabe aos centros acadêmicos de cada uma das unidades decidirem se irão aderir à paralisação.