Eterno Novo Baiano, Paulinho Boca subiu ao trio na Praça Castro Alves neste sábado (18) de Carnaval. Em um pequeno espaço em frente ao Cine Metha Glauber Rocha, reuniram-se os fãs de Paulinho e de outro eterno: Moraes Moreira — o homenageado da noite. No primeiro carnaval sem Moraes, entretanto, suas recorrentes críticas ao evento continuaram atuais. As músicas como Preta Pretinha e Chame Gente precisaram disputar espaço com diversos trios e blocos.
Os foliões, mesmo animados, demonstravam frustração. Marcelo Gonçalves, de 37 anos, chegou na praça do Poeta para ouvir Paulinho, vestido como Moraes. De cabelos grandes cacheados, o óculos redondo e chapéu, Marcelo dançou ao som das músicas, mas reclamou de um “gosto amargo” pela falta de espaço para Paulinho no carnaval de Salvador.
Uma das programações para este sábado era um encontro de trios entre Armandinho Macedo e Paulinho, mas a organização não deu certo.
“Ele é eterno, tudo que a gente vive no Carnaval é por causa dele. Fica essa frustração porque as pessoas não dão valor ao que é para dar valor. Pode gostar de Barra-Ondina, mas a gente tem que ter pelo menos respeito a quem faz o carnaval ser o que é”, desabafa.
O estudante Rubens Portela, de 23 anos, aguardou ao lado do trio para ver se conseguia uma foto com Paulinho. O jovem lamenta ainda nunca ter conseguido acompanhar um show de Moraes no Carnaval. “O Carnaval de Salvador se deve a eles”, conta, enquanto o bloco Abuse & Use apertava o trio para conseguir ocupar a avenida.
Paulinho Boca se apresenta no palco Mix, no Rio Vermelho, ainda na madrugada deste domingo (19), a partir das 0h.
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