O Dia das Mães foi celebrado neste domingo (8) com a batida forte e contagiante do Olodum no Largo de Quincas Berros D´Água, no Pelourinho. No local, lotado de mães acompanhadas de seus filhos, o batuque dos tambores não deixou ninguém parado e os cantores fizeram com que o público cantasse músicas clássicas interpretadas pela banda, como Vem Meu Amor e Mãe, Mulher, Maria, Olodum.
O cantor Lucas di Fiori afirmou que homenagem para as mulheres é uma pauta frequente dentro do Olodum. “São as mulheres que nos regem, elas que estão no comando da produção e direção. Dia das Mães é um dia especial e é uma oportunidade de trazer todo mundo, todas as famílias, para confraternizar e se divertir juntos”, declarou o artista.
A técnica de enfermagem Arisneia Cardoso, de 47 anos, admitiu ser apaixonada pelo Olodum e disse que realmente se sentiu exaltada com a apresentação. “Essa homenagem está maravilhosa, esse é o primeiro dia das mães depois da pandemia que a gente está realmente se sentindo abraçada”, expôs. “Para mim está sendo incrível estar aqui, na pandemia minha mãe ficou muito presa em casa e ela sempre foi muito apaixonada pelo Olodum. Então, hoje, ver ela voltando a festejar dessa forma, está sendo fantástico”, contou o filho de Arisneia, Aique, 19.
Quem também estava aproveitando o show foi o casal Aliny Synara, 26, e Izaias Souza, 44. Os dois são de Caruaru, em Pernambuco, e estão esperando a chegada do primeiro filho: Apollo. Animados com o show, os dois dançavam e tiravam fotos com os artistas do Olodum. “Está incrível, a banda é maravilhosa, a gente está se divertindo muito. Estar aqui, no Dia das Mães, à espera do meu primeiro filho, é um presente enorme”, afirmou Aliny.
Izaias, por sua vez, estava emocionado e feliz em estar com a esposa durante um show de homenagem para ela. “Eu estou sentindo, como pai, acompanhando minha companheira e meu filho que está prestes a nascer, que agora temos quatro corações: o dela, o meu, o dele e o do Olodum. Esse coração extra é energia de resistência, paz e de amor, quero que meu filho venha para esse mundo com essa energia”, desejou o pernambucano.
“Ô Rosa/Ô ô ô ô Rosa/Ô ô Rosa/Olodum alegria/Cidade a cantar/Salvador”, foi quando o Olodum tocou essa música que Rosalina Brandão, 50, que estava com sua filha no Largo de Quincas, se sentiu ainda mais homenageada. “Eu fui criada aqui no Pelourinho, aqui eu me sinto em casa. Meu nome é Rosa e ele cantou agora a minha música, é lindo demais, me sinto realmente muito abraçada”, ressaltou a técnica de enfermagem.
“Minha mãe sempre me trouxe para o Olodum, eu me apaixonei logo de cara, é uma forma da gente demonstrar nosso amor. Minha mãe é minha vida, o calendário de todo o ano não é suficiente para mostrar o quanto eu amo minha mãe e estar aqui é o que ela ama, eu, ela e meu pai. Isso aqui a deixa muito feliz”, pontuou a filha de Rosalina, Andressa Brandão, 25.
Olodum durante apresentação no Pelourinho (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) |
A banda do Olodum também tem mães que estavam homenageando outras mulheres e se sentindo abraçadas ao mesmo tempo. Uma delas, Magna Paim, 42, contou que estava muito feliz por participar da apresentação em celebração ao Dia das Mães, mas que também se sentia um pouco triste por estar longe de seu filho.
“Eu preferi estar tocando do que estar em casa. É um dia muito especial pra mim, por ter perdido minha mãe dois anos atrás e ela sempre curtiu isso aqui junto comigo, essa é a primeira vez que toco sem ela e o segundo ano que passo esse dia sem ela, mas eu só lembro dela com alegria. Fiquei com meu filho mais cedo e vou comemorar com ele de novo. Eu sou a mulher mais feliz do mundo, me sinto extremamente realizada sendo mãe”, finalizou a percussionista.
*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo.