Em meio a um entrave entre MDB e PT na definição da candidatura para as eleições municipais em Salvador (BA) no ano que vem, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, do MDB, entrou em campo para tentar influenciar a disputa.
Para o MDB, o candidato ideal a prefeito é Geraldo Júnior, vice-governador. No fim de agosto, porém, o PT definiu o nome do deputado estadual Robinson Almeida como pré-candidato. E nessa semana o Avante, que também é da base, lançou o nome do deputado pastor Sargento Isidório.
Os partidos da base do governo de Jerônimo Rodrigues (PT), portanto, estão divididos. A oposição, por outro lado, está unida em torno de Bruno Reis, do União Brasil, atual prefeito, que deve tentar a reeleição.
Geddel usou sua conta no Instagram para fazer uma série de provocações ao PT nessa semana. Publicou um vídeo de uma fala transfóbica de Isidório, por exemplo, e escreveu: “Deputado Pastor Izidoro (sic) pré-candidato do Avante a prefeito de Salvador, que pode unir a base do governo Jerônimo, faz essa ‘importante’ e ‘plural’ manifestação no Congresso Nacional.”
Também defendeu — ironicamente — que o MDB retirasse a candidatura para apoiar Isidório. “Eu creio que o papel do MDB é ajudar o governo Jerônimo Rodrigues. Talvez seja hora de o partido retirar a pretensão de ter o candidato a prefeito de Salvador e ajudar a construir a unidade da base, sob o comando do Governador, em torno do nome do Dep Izidoro (sic)”.
Procurado pela coluna, Geddel disse que defende a unidade dos partidos da base de Jerônimo. “Se não é para ter uma conversa séria e a afunilar a discussão em torno do nome do candidato inquestionavelmente mais bem-preparado, que é o vice-governador, o MDB vai retirar a candidatura e seja o que Deus quiser. Não adianta ficar lançando candidatura para marcar posição”, disse o ex-ministro do governo Michel Temer.