Ação da corporação investiga supostas fraudes e irregularidades cometidas por empresários e membros do Gabinete de Intervenção Federal do Rio de Janeiro, em 2018
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Braga Netto não é alvo da operação desta terça, mas é investigado por na época ser interventor do Gabinete de Intervenção Federal do Rio
O ex-ministro da Casa Civil general Walter Souza Braga Netto teve o sigilo telefônico quebrado em investigação da PF (Polícia Federal) revelada nesta terça-feira, 12. A ação faz parte da Operação Perfídia, deflagrada nesta manhã pela corporação, que tem como objetivo investigar supostas fraudes e irregularidades cometidas por empresários e membros do Gabinete de Intervenção Federal na segurança pública do Rio de Janeiro, em 2018. Braga Netto não é alvo da operação desta terça, mas é investigado por, na época, ter sido o interventor nomeado pelo governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) para atual no Rio. Ao todo, na operação, são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. A investigação apura os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa que teriam sido praticados durante a compra de 9.360 coletes balísticos com sobrepreço realizada pelo Gabinete de Intervenção Federa. De acordo com a PF, a compra dos itens de segurança aconteceu com sobrepreço de R$ 4,6 milhões. O contrato entre o gabinete e a empresa foi celebrado em dezembro de 2018, após dispensa de licitação no valor total de R$ 40,1 milhões, incluindo o sobrepreço, afirma a PF.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga.