Às vésperas de completar 1 ano da morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, o governo anunciou a criação de um grupo de trabalho para garantir a segurança no Vale do Javari. A ideia é chamar atenção para a data e tentar demonstrar agilidade do governo para discutir o problema que é antigo na região. O grupo de trabalho vai reunir dez ministérios que trabalharão em parceria com a Funai e com o Ibama. O objetivo é propor medidas completas para combater a violência e garantir a segurança territorial dos povos indígenas da região. O governo fala na participação dos povos indígenas na discussão. A proposta é discutir a prevenção dos crimes e a expulsão dos invasores na região. A coordenação será de responsabilidade do Ministério dos Povos Originários. A Advocacia-Geral da União (AGU), Casa Civil, Ministérios da Defesa, dos Direitos Humanos, do Desenvolvimento Social, do Planejamento, da Justiça, do Meio Ambiente e da Saúde atuarão juntos. O grupo também terá representantes do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União, da Articulação dos Povos Indígenas e União dos Povos Indígenas do Vale do Javari. Oito pessoas são suspeitas na participação da morte de Dom e Bruno. A terra do Vale do Javari é a segunda maior do país e abriga o maior número de indígenas isolados. O TRF-1 já ouviu três dos principais acusados do assassinato. Mas não foram autorizadas testemunhas de defesa, por isso houve recurso. Após recursos, foram marcados novos depoimentos.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin