Em abril, o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego Renda e Esporte (Setre) lançará um edital para a atividade de comercialização da produção artesanal baiana.
A notícia, anunciada durante o X Encontro de Artesãs e Artesãos da Bahia, realizado nesta quinta-feira (23), no Museu Geológico da Bahia, no Corredor da Vitória, foi festejada por cerca de 200 artesãs e artesãos presentes no evento.
O edital, no valor de R$ 500 mil, prevê a seleção de uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que, em sistema de consignação, será responsável por comercializar, na antiga sede do antigo Instituto Mauá no Porta da Barra e em uma loja na Ceasinha do Rio Vermelho, a produção artesanal de associações e grupos de artesanato do estado.
“É uma ótima notícia, principalmente, nesse momento de crise econômica que vive o país, e o artesanato é a principal ou única fonte de renda de muitas famílias, especialmente, no interior do estado”, comemora a tecelã, Meire Cabral, presente no evento.
Realizado pela Setre, por meio da Coordenação de Fomento ao Artesanato, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Bahia (Sebrae-BA), o encontrou visa a integração de artesãs e artesãos das mais variadas localidades da Bahia e a discussão de ações para preservar e valorizar o segmento.
“O turista quer levar um pedacinho da Bahia, as pessoas decoram suas casas com peças de artesanato, por isso é importante espaços para o escoamento da produção do nosso artesanato, um dos principais gargalos do segmento”, ressaltou a secretária do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Olívia Santana, sobre o lançamento do edital.
Representado o governador, o secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, destacou a importância do artesanato para a economia baiana: “É nosso dever apoiar esse segmento, esse edital é mais uma ferramenta de fomento ao nosso artesanato”.
Na oportunidade, foi assinado um Termo de Cooperação Técnica entre a Setre e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), com o objetivo de delimitar a área geográfica pertencente às comunidades de Maragogipinho/Aratuípe (cerâmica) e Saubara (renda de bilro), visando o registro de marca da produção coletiva dessas localidades junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), contribuindo para a valorização e resgate do artesanato local.
Estiveram presentes no evento: a secretária de Políticas para Mulheres, Julieta Palmeira; o vice-reitor da UFBA, Paulo Miguez; a coordenadora de Fomento ao Artesanato da Setre, Emília Almeida; e o diretor-geral do Ibametro, Randerson Leal.
Por | Ascom