O Governo do Estado da Bahia mudou oficialmente o nome do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães do município de Itamaraju para COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA AURIVALDINA JOAZEIRO. A mudança foi publicada no Diário Oficial do Estado na última segunda-feira (05), através da Portaria n⁰ 1096/2021.
Nesta quarta-feira (07), a notícia ganhou a rede social e a população itamarajuense comemorou o ato. Onde muitos aplaudiram a direção do Colégio pela escolha e indicação do nome, uma vez que é uma forma de reconhecimento pelo trabalho prestado pela educadora “Valda”, como era popularmente conhecida na comunidade.
Saiba mais sobre a homenageada no texto abaixo escrito por Sidney Oliveira administrador do Grupo Itamaraju – Ba,nas redes sociais.
AURIVALDINA JOAZEIRO – Natural de Caetité/BA, “Valda” ou “Valdinha” para os mais íntimos chegou a nossa cidade no ano de 1978, com a missão de lecionar em uma escola Municipal do Distrito de São Paulinho. Com o seu jeito de ser, rapidamente foi conquistando as pessoas de nossa cidade e sendo por elas também conquistada. E assim, o tempo foi passando e por aqui ela foi ficando, tornando-se uma das personalidades da cidade.
O trabalho sério desenvolvido no interior fez com que ela fosse convidada para trabalhar na sede do município, passando, então, a dar aulas em outras escolas da cidade e, logo depois, sendo lotada na Secretaria Municipal de Educação, onde trabalhou por 18 anos.
Valda era socióloga, com especialização em psicopegadogia. E, além da sua dedicação ao magistério, também foi Coordenadora da Fundação Reconto, no acompanhamento das medidas de proteção e socioeducativas voltadas para os menores em situação de rua ou envolvidos na prática de atos infracionais.
Valda foi uma das pioneiras do Juizado da Infância e Juventude (Juizado de Menores), em Itamaraju, servindo no órgão por 35 anos. Foi com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, que essa mulher mostrou-se muito atuante, ao longo década de 1990, agindo como uma verdadeira fiscal do cumprimento da referida lei, sobretudo, mostrando aos menores que além de direitos eles também possuiam deveres.
Apesar de ter um coração do tamanho do mundo e de ser educada no trato com as pessoas, Valda foi muito “temida” no passado, dada a sua postura e pulso firme nas situações que envolviam o menor. Afinal, quem, quando da Infância ou adolescencia, estando à toa na rua (em bares jogando sinuca ou bebendo, em festas noturnas ou no fliperama), em Itamaraju, nunca gelou o coração ao ouvir o alerta “Corre que Valda está chegando!”?(risos).
Nos últimos anos, mesmo sem o vigor do passado, Valda ainda seguia em plena atividade tanto no magisterio quanto no Juizado de Menores. Era uma apaixonada por Itamaraju, lugar que escolheu para chamar de seu. Como forma de reconhecimento pelos serviços prestados ao município, Valda foi agraciada, em 30 de outubro de 2018, com o título de cidadã itamarajuense, concedido pela Câmara de Vereadores.
Acometida por problemas de saúde, Valda retornou a em Caitité onde passou a residir. Com o agravamento do seu quadro de saúde, veio a falecer em 13 de setembro de 2020, morte está que causou uma grande comoção na nossa cidade.
Com informações | Sidney Oliveira