InícioEntretenimentoCelebridadeHemoba estimula doação de sangue com criação de coral mensal

Hemoba estimula doação de sangue com criação de coral mensal

Qualquer reforço de doação de sangue é importante para a Fundação Hemoba e, neste sábado (20), em parceria com o Instituto Baiano de Arte, Cultura e Humanidade (Ibach), a sede da Fundação, que fica localizado em Brotas, em Salvador, recebeu o Coral Ecumênico da Bahia (CEB).

O projeto “Cantando Por Vidas” visa estimular a doação constante ou regular de sangue no estado da Bahia, já que o banco de sangue está em uma situação bastante crítica, principalmente após a pandemia. 

No Hemoba, sob a regência do maestro Angelo Rafael Fonseca, idealizador do projeto, o CEB se apresentou com diversas músicas. Segundo o maestro, as apresentações vão ocorrer uma vez por mês no Hemocentro Coordenador, de maio até dezembro, sempre aos sábados, mas com outros grupos de corais de Salvador.

“A gente não vem aqui só cantar, a gente também vem doar sangue para estimular essa campanha necessária, porque a gente só vê atletas e militares doando, outros coletivos também podem fazer doações. Coletivo de música, de teatro, de dança, universitários e professores, além de tanto outros coletivos que podem fazer. Eu acho que falta só um estímulo, porque tempo a gente tem, só precisa de organização”, disse Angelo. 

Segundo Tarsila Castro, assistente social da Fundação Hemoba e do setor de captação de doadores, o estoque está bem abaixo do esperado, que é 150 bolsas de doações por dia, já que a sede em Salvador abastece 477 municípios pela Bahia, uma rede pública composta por UPAs, maternidades e hospitais de alta complexidade. 

“Nada adianta esse abastecimento se a gente não tiver doadores da mesma proporção. A nossa meta para Salvador é que a gente tenha em média 150 bolsas diárias, mas infelizmente durante essa semana, nós não conseguimos atingir esse objetivo, apenas entre 100 e 110”, comentou. 

Questionada sobre as doações de pessoas LGBTQIA+, principalmente os homossexuais, Tarsila foi enfática ao recordar que, durante a pandemia, o banco de bolsas de sangue teve uma quantidade razoável graças ao público. Em relação às perguntas sobre a orientação sexual durante a triagem, a assistente social comentou que o questionamento foi extinto. 

“Em 2020, com estoque crítico no meio da pandemia, foi o momento de lutarmos para que essa pergunta fosse extinta e conseguimos através de uma decisão do STF. Hoje em dia, os homossexuais podem fazer a doação de sangue sem precisar omitir que são homossexuais, como aconteciam há um tempo ou, geralmente, para que eles conseguissem ajudar minimamente a salvar vidas. Então, essa pergunta não existe mais na triagem clínica”, explicou.

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