A Honda irá oferecer duas motorizações para o HR-V, cada uma será associada a duas versões |
Lançado no Brasil em 2015, o Honda HR-V protagonizou por alguns anos o mercado de utilitários esportivos compactos no Brasil.
Nos últimos três, perdeu um pouco de competitividade, algo natural com a chegada de novos concorrentes e o envelhecimento da carroceria.
A produção foi paralisada em dezembro e será retomada para a construção da nova geração, que terá vendas iniciadas em agosto.
Dê play e confira a avaliação em vídeo |
Inicialmente, serão duas versões EX e EXL, ambas equipadas com motor 1.5 litro aspirado (126 cv de potência) e transmissão automática CVT.
Na sequência, em outubro, o fabricante japonês irá lançar outras duas configurações Advance e Touring, que terão câmbio automático e motor 1.5, porém turbo e flex. A empresa ainda não informou o rendimento do propulsor turbinado.
A plataforma não foi substituída, mas foi atualizada. Ele permite uma ótima modularidade na parte traseira, mas sacrifica o espaço para os pés de quem vai na frente. Isso acontece por conta do posicionamento do tanque de combustível abaixo dos assentos.
As quatro opções do HR-V 2023 terão à disposição um ótimo pacote de tecnologias de auxílio à condução, batizado pela empresa como Sensing.
O sistema se baseia em imagens captadas por uma câmera de longo alcance e de visão grande angular (cerca de 100º) e de um microprocessador de imagem de alta capacidade.
Dessa forma, o motorista terá à disposição piloto automático adaptativo, frenagem automática para mitigação de colisão com detecção de pedestres e outros veículos, auxílio de permanência e faixa, comutação noturna automática dos fachos baixo e alto dos faróis de acordo com a situação.
Há ainda detecção de saída da pista, para evitar acidentes.
AUDI RETOMA PRODUÇÃO
No imaginário popular, os fabricantes ganham rios de dinheiro vendendo automóveis no mercado brasileiro. Mas a situação não é tão simples.
Cada ponto percentual de economia na produção de um carro é muito disputado.
Nesta semana, estive na reinauguração da produção da Audi em São José dos Pinhais, no Paraná, e vivenciei isso.
A Audi poderá produzir até 4 mil unidades por ano do Q3 |
O imposto cobrado para um automóvel importado é de 35%. Com a produção em CKD, trazendo peças completamente desmontadas, cai para 16%.
Há ainda outras opções, como a SKD, onde chegam kits, inclusive já pintados. Nesse caso, a Audi irá pagar 18% de impostos de importação.
A empresa não abre a contabilidade, mas irá investir um percentual dos 17% que sobram na produção local, gerando empregos, terá maior rentabilidade e seu produto será mais competitivo.
PRESENÇA NO BRASIL
A marca alemã chegou ao Brasil sob o comando de Ayrton Senna. Posteriormente, deixou de ser uma importadora e se tornou filial, produziu a primeira geração do A3 no país entre 1998 e 2005.
Entre 2013 e 2019, a Audi voltou a fabricar no Paraná (A3 sedã e Q3). Ou seja, essa é a terceira vez que o fabricante aposta no mercado brasileiro e Daniel Rojas, presidente e CEO da empresa para o país, buscou inspiração no piloto brasileiro para abrir seu discurso: “Na adversidade, uns desistem, enquanto outros batem recordes”.
SUV DE ALTO NÍVEL
A estratégia da Audi para a unidade brasileira é montar até 4 mil unidades por ano do Q3.
Os kits chegam da Europa, os veículos são montados no Paraná, e de lá distribuídos para as 42 concessionárias no país.
O Q3 será produzido na carroceria SUV tradicional e Sportback, que tem estilo coupé |
Dessa vez, a empresa optou por uma configuração mais recheada do SUV – incluindo a carroceria estilo coupé -, com motor 2 litros turbo e transmissão automática de oito velocidades.
Pela primeira vez, a tração integral da companhia, batizada de quattro, é montada no mercado brasileiro. O Q3 custa a partir de R$ 273.990.
RENAULT CONFIRMA INVESTIMENTO
Em março, a Renault deu um spoiler de que faria um novo SUV na sua fábrica paranaense, mas não deu detalhes sobre qual seria o nível de investimento.
Nesta semana, o fabricante francês confirmou o aporte de R$ 2 bilhões, que serão destinados para a unidade de São José dos Pinhais para implantação de uma nova arquitetura e o desenvolvimento de um SUV e de um motor turbo 1.0.
Há mais, mas a empresa não confirma ainda. A expectativa é que seja produzido um concorrente para o Volkswagen Nivus e o futuro Fiat Fastback, ambos SUVs estilo coupé, e um modelo de sete lugares.
O ADEUS DO PIONEIRO
Lançado no final de 2013 e comercializado em 74 países, o i3 teve sua produção oficialmente encerrada.
Pioneiro na linha de produtos elétricos da BMW, o modelo teve 250 mil unidades produzidas em Leipzig, na Alemanha.
Ano passado o Papa Francisco recebeu um i3 |
Apesar da saída do i3, a BMW está ampliando seu portfólio de eletrificados.