InícioNotíciasPolíticaIGP-M: “inflação do aluguel” cai 0,14% em agosto

IGP-M: “inflação do aluguel” cai 0,14% em agosto

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a “inflação do aluguel”, recuou 0,14% em agosto deste ano, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (31/8) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com a deflação registrada neste mês, o indicador acumula queda de 5,28% em 2023 e de 7,2% em 12 meses.

Deflação é a queda média de preços de produtos e serviços, que ocorre de forma contínua. Trata-se de uma “inflação negativa” – ou seja, abaixo de zero.

O resultado do IGP-M em agosto veio abaixo do esperado pelos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estimava um índice positivo de 0,15% em julho. Em julho, o indicador havia recuado ainda mais: 0,72%.

De acordo com o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, a taxa negativa menos intensa em agosto é explicada pelo avanço dos produtos agropecuários (que saíram de um recuo de 1,87% para uma alta de 0,02%) e dos industriais (-0,75% para 0,24%).

A maior influência agrícola veio da soja (de 0,03% para 5,63%). Pela indústria, o item com maior peso foi o óleo diesel (de 0% para 4,15%).

“A taxa do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) acelerou e foi outro destaque importante a contribuir para a queda menos intensa do IGP-M, sendo a mão-de-obra (de 0,38% para 0,71%) a principal contribuição para a aceleração deste índice”, afirma Braz.

IGP-M O IGP-M é conhecido como “inflação do aluguel” porque serve de base para reajustes de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da análise dos preços ao consumidor, o índice leva em consideração custo dos produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e insumos da construção civil.

3 Cards_Galeria_de_Fotos (2)

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images

***Foto-pessoa-contando-moedas.jpg

Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda Olga Shumytskaya/ Getty Images

***Ilustracao-alta-inflacao.jpg

Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles Javier Ghersi/ Getty Images

***Foto-pessoa-fazendo-contas-em-calculadora.jpg

No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras boonchai wedmakawand/ Getty Images

***Ilustracao-foguete-voando-por-cima-de-grafico.jpg

De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas Eoneren/ Getty Images

***Foto-pessoa-comprando-produtos.jpg

No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda selimaksan/ Getty Images

***Foto-moedas-caindo.jpg

No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros Adam Gault/ Getty Images

***Foto-pessoa-olhando-carteira-vazia.jpg

Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas Javier Zayas Photography/ Getty Images

***Foto-mulher-olhando-para-papel-com-as-maos-na-boca-2.jpg

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação – quando o controle de todos os preços é perdido coldsnowstormv/ Getty Images

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Últimas notícias

Governo reconhece estado de calamidade em 265 municípios do RS

Segundo a Defesa Civil, 341 das 497 cidades gaúchas foram afetadas pelas chuvas; a...

Samara Felippo diz que filha “chorou compulsivamente” após racismo

Samara Felippo, de 45 anos, voltou a falar sobre o ataque racista que sua...

Governo federal decreta estado de emergência para 265 municípios do Rio Grande do Sul

O governo federal decretou neste domingo (5) estado de emergência para 265 municípios do...

“Orçamento de guerra” ameaça as contas públicas, diz economista

Lula desembarcou no RS com uma comitiva disposta a liberar recursos da União para...

Mais para você