O policial suspeito de matar o barbeiro Neviton Rodrigues da Silva, de 39 anos, no bairro Cidade Nova, foi afastado do cargo de investigador da Polícia Civil nesta quinta-feira (19). A decisão, que é preventiva, já foi publicada no Diário Oficial do Estado. Com isso, o servidor ficará fora das atividades por 30 dias, sem prejuízo na remuneração, conforme determina o Estatuto do Servidor Público do Estado da Bahia.
O nome do investigador envolvido no crime não foi divulgado. Ele é identificado através da matrícula na portaria do Diário Oficial.
“O servidor afastado, administrativamente, permanecerá à disposição da Corregedoria da Polícia Civil, no período acima consignado, e deverá indicar endereço, telefone, e-mail e outros meios suficientes para que possa ser encontrado”, diz a portaria.
Na segunda-feira (16), ele se apresentou à Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), onde foi interrogado e liberado, uma vez que não havia elementos para uma prisão em flagrante. A arma utilizada no crime foi apreendida e remetida para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde passa por perícia.
Por conta do inquérito policial, para apurar a morte de Neviton, a Correpol instaurou processo administrativo disciplinar contra o servidor.
O crime
O barbeiro estava na barraca em que trabalhava, quando o policial se irritou com um carro de som que estava parado em frente – mas que não teria relação com Neviton – e atirou na vítima.
O responsável pelo tiro é um policial civil que era vizinho de Neviton, com quem mantinha uma relação amigável, segundo os parentes. O barbeiro estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE) e teve a morte encefálica confirmada pela família na segunda-feira (16).