Quando o caixa do Flamengo ia de mal a pior, Eduardo Bandeira de Mello foi presenteado com um luxuoso relógio Hublot ao assumir a presidência do clube, em 2012. Mas a semelhança com o caso das joias de Bolsonaro para por aí.
Agrado da fabricante suiça à diretoria do Rubro-Negro, o item, avaliado à época em R$ 42 mil, fora repassado a Bandeira por sua antecessora no cargo, Patrícia Amorim. O Hublot foi parar no cofre do Flamengo até que houvesse uma definição sobre seu destino.
O vice-presidente do departamento jurídico do clube na época, Flávio Willeman, estabeleceu então uma diretriz que deveria ser seguida por todos os dirigentes que receberam o mimo: leiloar os relógios e destinar a grana ao cofre do clube.
A situação envolvendo Bandeira de Mello, hoje deputado federal, guarda semelhanças com a de Jair Bolsonaro no caso das joias. A grande diferença é a destinação dada aos presentes.
O destino das joias presidenciais A Polícia Federal apura a suposta venda criminosa de itens de luxo recebidos por Bolsonaro quando chefe de Estado. A suspeita é que tenham sido cometidos os crimes de peculato, quando há apropriação de bem público, e associação para o crime.
Já a defesa de Bolsonaro cita uma portaria de 2018, da Presidência da República, para argumentar que os presentes poderiam ser vendidos legalmente.