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Jovem é assassinado por “engano” enquanto caminhava para academia com a mãe em Feira de Santana

A Delegacia de Homicídios de Feira de Santana (DH-Feira), que tem como titular o delegado Gustavo Coutinho, elucidou mais um homicídio em Feira de Santana. A vítima, identificada como Cauã Gomes, de 21 anos, foi morta com um tiro por engano, enquanto seguia para a academia, por volta de 5h40 da manhã, com a mãe e uma amiga.

Inicialmente, os investigadores suspeitaram de briga no trânsito, mas depois descartaram a hipótese no decorrer das investigações. O crime ocorreu na manhã da última sexta-feira, dia 13 de dezembro, na Avenida Eduardo Fróes da Mota (Anel de Contorno), após iniciar a perseguição na Avenida Fraga Maia. O jovem ainda foi socorrido pela mãe e a amiga para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), mas não resistiu e faleceu nesta terça-feira (17).

Ao portal Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, o delegado Gustavo Coutinho detalhou como ele e sua equipe chegaram a elucidação do crime e localizou a arma usada. A DH também descobriu os autores do assassinato do jovem inocente.

Primeiro o delegado identificou o veículo em que os suspeitos estavam, depois o proprietário. Posteriormente descobriu que o carro foi vendido e estava com outra pessoa, um motorista por aplicativo.

O veículo já havia sido abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) duas vezes neste ano e, com a ajuda da PRF, os policiais localizaram o motorista do Corolla. Como durante as investigações a polícia confirmou que havia duas pessoas no carro, procuraram identificar o segundo envolvido, que teria sido o autor do disparo. A polícia também o localizou.

“Eles estavam seguindo para o crossfit, como de costume, com o filho e a amiga quando, mais adiante, ouviu um disparo alto, depois ouviu outro disparo forte e quando ela olhou para o lado, viu o filho dela, já com a cabeça abaixada, sangrando. Ela se desesperou, parou o veículo no acostamento.  A amiga dela, desceu, abriu a porta, viu Cauã e também ficou desesperada. Depois ela percebeu que um veículo Corolla preto parou do lado do veículo dela, e que foi neste Corolla onde estava a pessoa que efetuou o disparo. O rapaz estava com uma arma na mão, uma arma prateada, segundo ela, ele olhou para ela, desistiu e seguiu o caminho”, contou.

Após a polícia identificar o motorista, os investigadores foram até a casa dele e, como não o encontrou, deixou recado com o pai e depois foram informados que ele se apresentaria na delegacia às 14h. Ele se apresentou com o advogado.

Quando o delegado Gustavo Coutinho iniciou os questionamentos, o motorista inicialmente contou a versão parcial do caso, que causou estranheza pela inconsistência.

“Disse que estava passando na Fraga Maia e, que um conhecido que ele não sabia nem o nome, nem onde mora, pediu uma carona a ele e, que quando esse indivíduo entrou no veículo, ele falou que esse conhecido estava muito nervoso, pedindo que ele levasse até o Parque Ipê, porque precisaria pegar a chave de uma moto na mão de uma mulher.  No meio do caminho ele disse que esse conhecido estava muito exaltado, sacou uma arma e deu um tiro para o alto. E logo em seguida, deu um tiro no Sandero branco”, contou.

A polícia descobriu que ele não contou a história toda e que ele estava mentindo, porque, na verdade, ambos eram amigos há muito tempo. Ele era motorista por aplicativo e o amigo tinha uma moto com a qual rodava por aplicativo, mas também entregava drogas.

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