InícioEditorialJustiça de Nova York decide se caso sobre suborno de Trump avançará

Justiça de Nova York decide se caso sobre suborno de Trump avançará

Promotores de Nova York devem decidir, a partir desta terça-feira (19/11), sobre como avançar caso criminal contra o presidente eleito Donald Trump, condenado em maio por falsificar registros comerciais para encobrir um pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 750 mil) feito por seu ex-advogado Michael Cohen a Stormy Daniels, estrela de filmes adultos, antes da eleição de 2016, para silenciar alegações de um encontro sexual que o bilionário nega.

O caso estava programado para ter uma sentença no dia 26 de novembro, mas foi pausado pelo juiz Juan Merchan a pedido do promotor à frente da investigação, Alvin Bragg.

Bragg solicitou mais tempo para avaliar os próximos passos, destacando a necessidade de equilibrar os “interesses conflitantes” entre a continuidade do caso criminal e a proteção do cargo presidencial.

Indicações

No final da tarde de segunda-feira (18/11), o presidente eleito Donald Trump indicou o responsável pelo departamento de transporte. Seu nome é Sean Duffy e ele é um ex-deputado pelo estado de Wisconsin. Assim como Pete Hegseth, indicado para chefiar o Departamento de Defesa, Duffy tem passagem por um dos canais da Fox, o Fox Business, onde ele atua como apresentador.

Além disso, ele é casado com uma apresentadora do sinal Fox Sinal, que Trump descreveu como “uma mulher maravilhosa, uma estrela da Fox News”, ao comentar a indicação.

A decisão mais esperada da semana com relação ao gabinete de Trump, no entanto, é sobre quem ocupará a secretaria do tesouro.

Comitê de ética

O Comitê de Ética da Câmara enfrenta pressão crescente para divulgar um relatório detalhando sua investigação sobre alegações de má conduta sexual e uso de drogas ilícitas pelo ex-deputado da Flórida, Matt Gaetz, e deve se reunir na próxima quarta-feira (20/11), segundo a rede americana CBS News.

O escrutínio sobre o comitê aumentou desde que o presidente eleito Donald Trump anunciou, na semana passada, que escolheu Gaetz para o cargo de procurador-geral. Após o anúncio, Gaetz renunciou ao seu assento na Câmara, o que encerrou a jurisdição do Comitê de Ética do recinto, já que ele agora é ex-membro.

Além disso, duas mulheres teriam testemunhado ao Comitê de Ética da Câmara que foram pagas por “favores sexuais” pelo ex-deputado Matt Gaetz, segundo o advogado delas em entrevista à CNN, na noite de segunda-feira. Gaetz precisa obter a confirmação do Senado para servir como procurador-geral, o que só deve acontecer após a posse do presidente Trump em janeiro.

Foguete de Elon Musk

O presidente eleito Donald Trump pode comparecer pessoalmente ao lançamento de um foguete da SpaceX, no Texas, nesta terça-feira (19/11), fortalecendo seus laços com Elon Musk, fundador e CEO da empresa, segundo fontes consultadas pelo jornal The New York Times. Na segunda-feira (18/11), a Administração Federal de Aviação emitiu “Restrições temporárias de voo para movimento VIP” sobre Brownsville, Texas, uma prática comum que antecede visitas de alto escalão.

Durante o mesmo período, as restrições de voo sobre a propriedade de Trump em Palm Beach, Flórida, serão suspensas temporariamente. A equipe de transição de Trump não havia conformado seus planos até o fechamento desta reportagem.

Armas de longo alcance

Os Estados Unidos autorizaram a Ucrânia a usar armas de longo alcance, como o Sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS), para atacar mais distante o território russo, atendendo a um pedido de longa data de Kiev. A permissão reflete uma escalada no apoio militar ocidental, projetada para enfraquecer as capacidades de Moscou e dificultar ataques russos contra a Ucrânia.

Embora ainda não esteja claro se haverá restrições ao uso desses mísseis, especula-se que sua utilização possa ser inicialmente limitada a regiões como Kursk, onde a Ucrânia já recuperou território. Desde o início da guerra, líderes ucranianos têm pressionado aliados ocidentais a permitir ataques estratégicos dentro da Rússia, esperando reduzir a eficiência militar russa e criar um fator de dissuasão que possa ser usado em futuras negociações de cessar-fogo.

A invasão à Ucrânia pela Rússia completa, nesta terça-feira (19/11), mil dias, marcando um dos maiores conflitos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. De acordo com as Nações Unidas, mais de 6 milhões de ucranianos vivem como refugiados no exterior e a população do país caiu em um quarto desde o início da invasão, ordenada por Vladimir Putin por terra, mar e ar.

As perdas militares foram catastróficas, com estimativas ocidentais apontando centenas de milhares de mortos ou feridos em ambos os lados, embora os números exatos sejam mantidos em segredo.

Leia mais reportagens no RFI, parceiro do Metrópoles.

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