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Latam confirma que Filipe Martins embarcou para Curitiba no fim de 2022

PF diz que ex-assessor estava na lista de passageiros do avião presidencial no fim de 2022; documento da companhia aérea, obtido pelos advogados, indica detalhes do voo

O ex-presidente Jair Bolsonaro em uma live com o então assessor especial da Presidência, Filipe Martins, em 2020 reprodução/YouTube – 4.jun.2020

Caio Vinícius Giullia Colombo 14.mar.2024 (quinta-feira) – 21h59

Um documento da companhia aérea Latam obtido pela defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), confirma que ele embarcou em um voo para Curitiba (PR) em dezembro de 2022. A declaração de embarque da companhia difere do que disse a PF (Polícia Federal) quando pediu a prisão de Martins.

Para a corporação, Martins teria saído do Brasil em dezembro de 2022 no avião presidencial com destino a Orlando (EUA). A PF argumentou, também que o DHS (Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, na sigla em inglês) também registrou a entrada do ex-assessor no país. A prova dessa informação atribuída à autoridade norte-americana nunca foi mostrada pela PF.

Os indícios reunidos pela Polícia Federal foram usados como base para que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinasse a prisão preventiva de Martins. Ele é investigado na operação Tempus Veritatis por participar de uma suposta trama golpista.

O documento da Latam, no entanto, mostra que Filipe Garcia Martins Pereira está nos registros e na lista de passageiros do voo LA3680 com destino a Curitiba. O avião decolou às 16h50min de 31 de dezembro de 2022. O pouso foi às 18h40 do mesmo dia.

Em decisão da 2ª feira (11.mar), Moraes intimou a Latam para que confirmasse se o ex-assessor embarcou no voo para Curitiba. Ele também acionou o Aeroporto Internacional de Brasília para informar se há imagens dos embarques da comitiva presidencial com destino a Orlando.

O pedido do ministro do Supremo foi feito depois que a PGR (Procuradoria Geral da União) emitiu parecer favorável à soltura de Martins, alegando que o quadro sofreu modificação. Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a defesa do ex-assessor apresentou provas que comprovam a permanência dele no Brasil, apesar de ter seu nome na lista de passageiros do voo presidencial que decolou com destino aos EUA.

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