Com a abertura dos trabalhos neste segundo semestre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que se “não tem pressa” para realizar a reforma ministerial, uma vez que ainda estuda mudanças para acomodar partidos com o objetivo de ampliar a base de apoio do Congresso. Em entrevista a rádios da região amazônica nesta quinta-feira, 3, Lula falou que os novos nomes somente serão anunciados após a Cúpula da Amazônia, que acontece nos dias 8 e 9 de agosto em Belém, no Pará. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), vem cobrando do governo a acomodação de partidos em cargos e estaria adiando votações econômicas, como a do arcabouço fiscal, para aumentar a pressão.
“Eu vou fazer ajustes no governo porque nós temos interesse em construir maioria, para que até o final de 2026 a gente possa votar as coisas importantes de interesse do povo brasileiro. A troca de ministros não pode ser vista como uma coisa absurda, uma coisa menor. Nós temos partidos importantes que querem participar do governo, fazer parte da base, então vamos conversar”, declarou.
Até o momento, a única alteração nas pastas foi a saída de Daniela Carneiro (União Brasil, em migração para o Republicanos) do Ministério do Turismo, substituída por Celso Sabino (União). “Quando você mexe no tabuleiro, não pode mexer numa peça errada, colocar uma peça errada”, prosseguiu Lula. “É verdade que eu vou fazer mudança no ministério, mas é verdade que isso ainda não está definido por mim. Eu vou agora para o Estado do Pará e, quando eu voltar, semana que vem, eu vou definir o que vou fazer no governo”, disse.