No dia anterior, presidente da Câmara já havia negado qualquer pedido realizado ao Planalto de uma reorganização da Esplanada
Flickr/Palácio do Planalto/Ricardo Stuckert/PR
Presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva durante Sessão de trabalho com presidentes dos Países da América do Sul
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rechaçou nesta quinta-feira, 1º, planejar uma reforma ministerial para poder equalizar as forças políticas e as supostas indicações no Congresso. Em conversa com jornalistas no Palácio do Itamaraty, o chefe do Executivo federal também negou que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tenha solicitado o controle de pastas ministeriais em troca de um apoio à Medida Provisória (MP) da reestruturação da Esplanada dos Ministérios. “O PP sigla de Lira é um partido de oposição e tem gente que vota com a gente. O PP já teve ministro com o PT, o PP teve dois ministérios no governo da Dilma. Não é problema. Se ele pedisse, a gente vai avaliar, mas até agora eu não ouvi o Lira pedir”, avaliou. O petista também considerou que Lira “nem poderia pedir” ministérios já que seu partido, o Progressistas, não ocupa a base do governo federal. “Não está na minha cabeça fazer reforma ministerial. A menos que aconteça uma catástrofe que eu tenha que mudar. Mas por enquanto, o time está jogando melhor que o Corinthians”, disse. O petista, que viu sua MP dos ministérios ser aprovada na noite da última quarta-feira, 30, na Câmara e aguarda aprovação no Senado para que seu governo não retorne aos moldes da gestão de Jair Bolsonaro (PL), minimizou as dificuldades encontradas pelo Planalto na Câmara. “Aquela Casa é assim. Você vai conversando com os líderes, vai conversando com as pessoas, vai mostrando a importância daquilo, porque o que acontece não é importante para mim, é importante se causar benefício para o povo brasileiro”, finalizou.