São Paulo — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ter alta hospitalar no início da próxima semana, segundo disse o cardiologista Roberto Kalil Filho, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (12/12). O procedimento cirúrgico para complementar a drenagem de uma hemorragia intracraniana ao qual Lula foi submetido não altera o cronograma hospitalar já previsto. O presidente pode sair da UTI ainda nesta sexta-feira (13/12).
A segunda cirurgia, realizada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, começou por volta de 7h25, durou cerca de uma hora, e aconteceu sem intercorrências. Segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho, após a cirurgia, Lula já havia acordado e estava conversando.
A nova cirurgia realizada nesta quinta-feira consiste na embolização da artéria meníngea média, ou seja, um procedimento pouco invasivo que bloqueia o fluxo sanguíneo em áreas específicas do cérebro.
O presidente segue na UTI e não tem previsão de ser transferido para o quarto.
Coletiva de imprensa
Além de Kalil Filho, Ana Helena Germoglio, Rogério Tuma e Marcos Stavale participaram da entrevista coletiva desta quinta no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo.
O presidente sentiu dores de cabeça na noite dessa segunda e esteve na unidade do hospital em Brasília para realizar exame de imagem. A ressonância magnética mostrou hemorragia intracraniana, decorrente da queda que sofreu em casa. Ele, então, foi transferido para São Paulo.
Na primeira intervenção médica, Lula passou por um procedimento de trepanação, no qual são feitas pequenas perfurações do crânio. Segundo os médicos que acompanham o caso, o presidente se recuperou bem do procedimento e recebeu visitas de familiares na quarta-feira (11/12).
Queda ao cortar unhas
No dia 19/10, o presidente Lula caiu no banheiro, no Palácio da Alvorada, enquanto cortava as unhas. Na ocasião, ele bateu a cabeça e teve traumatismo craniano e pequeno sangramento no cérebro.
O presidente estava sentado em um banco, inclinou o corpo para a frente, a fim de cortar a unha do pé, e, quando voltou, o banco inclinou, e ele caiu. Lula levou cinco pontos na altura da nuca.
Desde então, passa por monitoramento constante em função da gravidade da queda. Devido ao acidente, o presidente diminuiu o ritmo de trabalho e cancelou vários compromissos.