O presidente da Argentina, Javier Milei, poderá vir ao Brasil no fim de semana, para participar da Conservative Political Action Conference (CPAC), sediada desta vez em Balneário Camboriú (SC), nos dias 6 e 7 deste mês.

O porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, disse ser “provável” a viagem no sábado e disse que Milei não irá à cúpula do Mercosul, na próxima segunda-feira (8/7), no Paraguai.

Durante a campanha presidencial, o presidente argentino fez diversas críticas e ameaçou deixar o bloco latino-americano.

Adorni negou também que a ausência de Milei seja para evitar um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem trocou farpas na última semana.

“Não temos nenhum problema com a presença do Lula ou de qualquer outro líder. Temos uma distância astronômica. Mas no sábado estamos viajando para o Brasil e voltamos no domingo para um evento. E ainda não está confirmado se ele vai ou não se encontrar com Bolsonaro nesse evento”, disse o porta-voz.

Jair Bolsonaro (PL) é esperado para discursar na abertura da CPAC, como publicou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, e endossou a campanha de Milei na Argentina.

Sem pedido de desculpas Na quarta-feira (26/6), Lula disse não ter conversado ainda com Milei, porque “eu acho que ele tem que pedir desculpas ao Brasil e a mim. Ele falou muita bobagem. Eu só quero que ele peça desculpas“. Em campanha, o argentino chamou o petista de “corrupto” e “presidiário comunista”.

Já na sexta-feira (28/6), o presidente da Argentina negou ter motivos para se desculpar: “Qual é o problema que o chamei de corrupto? Por acaso ele não foi preso por isso? E o que eu disse… Comunista? Por acaso não é comunista? Desde quando tem de pedir perdão por dizer a verdade? Ou estamos tão doentes de correção política que não se pode dizer nada para a esquerda ainda quando for verdade?”.