O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), defendeu o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento da União. A pasta chefiada por ele é a segunda mais afetada, com R$ 679 milhões bloqueados.
A restrição dos gastos tem como objetivo evitar o estouro do limite das despesas fixadas no Novo Marco Fiscal, a nova regra de controle dos gastos públicos aprovada no ano passado.
O bloqueio afeta as despesas não obrigatórias, isto é, os limites de investimentos e de custeio da máquina pública. No total, 13 ministérios foram impactados. Pastas como Saúde e Educação e as de menor orçamento da Esplanada foram poupadas.
“Contingenciamento menor que o previsto demonstra a saúde financeira do governo com fundamentos macroeconômicos sólidos”, escreveu Renan Filho pelas redes sociais na noite de sexta-feira (29/3).
Segundo ele, o Ministério dos Transportes investirá R$ 20 bilhões neste ano. “Isso representa 3x mais que o último ano de Bolsonaro e é recurso suficiente para o Novo PAC garantir obras por todo Brasil”.
A pasta do emedebista tem muitas obras no Novo PAC, a versão repaginada do Programa de Aceleração do Crescimento, que visa impulsionar o desenvolvimento nacional focando nas áreas de infraestrutura.
Em entrevista ao Metrópoles no início de março, Renan Filho defendeu aumento nos investimentos públicos via PAC.
“Tamanho de investimento é sempre uma discussão muito interessante, mas, a meu ver, o mais importante é cumprir dois desafios. Primeiro: investir mais do que o Brasil vinha investindo, porque o teto de gastos transformou o Brasil num dos países que menos investiu entre todas as economias relevantes. Segundo: escolher bem os projetos, para que eles tenham impacto significativo na economia de maneira geral”, afirmou.