Em decisão assinada nesta quarta-feira, 3, Moraes cita laudo médico sobre estado de saúde do ex-secretário de Segurança Pública do DF e afirma que ele está em condições de depor
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Ex-secretário e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quarta-feira, 3, que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, preste depoimento sobre o inquérito que investiga possível interferência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no 2º turno das eleições de 2022. A princípio, a oitiva estava marcada para a semana passada, mas acabou suspensa devido à alegação da defesa do ex-secretário de que ele estaria com a saúde debilitada a ponto de não ser possível prestar depoimento. Torres irá depor na condição de declarante e, por isso, poderá permanecer em silêncio. No despacho, Moraes cita a avaliação médica sobre o estado de saúde do ex-secretário, concluindo que ele está em condições de ser ouvido até a próxima segunda-feira, dia 8 de maio.
“Diante da notícia de que Annderson Gustavo Torres foi devidamente avaliado por profissional médico, que atestou que as medicações do preso foram ajustadas pela Dra. Elaine Simone Meira Bida e que tem tido acompanhamento médico frequente, determino a oitiva de Anderson Gustavo Torres, até o dia 8/5/2023, em horário a ser definido pela autoridade policial, no Inquérito Policial 2023.0012545-CGCINT/DIP/PF, na sede da Polícia Federal, em Brasília/DF, na condição de declarante, assegurado o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo. Oficie-se a Direção do estabelecimento prisional onde Anderson Gustavo Torres encontra-se para que providencie as condições necessárias para a realização de sua oitiva, inclusive mediante escolta policial para o deslocamento. Intime-se a defesa de Anderson Gustavo Torres para o ato processual designado”, escreveu Moraes.