Ex-ajudante de Bolsonaro usará tornozeleira eletrônica e não poderá ter contato com outros investigados, como o ex-presidente Jair Bolsonaro
TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Nas CPIs do Congresso e da Câmara do DF, Mauro Cid optou por ficar em silêncio
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória ao tenente-coronel Mauro Cid neste sábado, 9. Moraes também homologou o pedido de acordo de delação premiada apresentado pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Solto depois de quatro meses, o militar deverá usar tornozeleira eletrônica, não poderá ter contato com outros investigados – como o ex-presidente –, deverá se afastar de suas funções no Exército e permanecer em casa durante as noites e finais de semana, determinou o ministro. A defesa de Cid apresentou os pedidos de acordo de colaboração e de liberdade provisória na última quarta-feira, 6. A Polícia Federal já havia informado que aceitou a delação. Mauro Cid foi preso por suposta falsificação de cartões de vacinação da família Bolsonaro, mas também é investigado por suspeita de ter participado de esquema de venda de joias recebidas pelo ex-presidente e de tratativas sobre simulação de invasão a urnas, além de estimular atos antidemocráticos como os ataques de 8 de Janeiro. Nas últimas semanas, o ex-ajudante de ordens prestou longos depoimentos à PF. Seu advogado, Cezar Bitencourt, chegou a dizer que Cid estaria disposto a revelar supostos crimes de Bolsonaro.