A morte do cabo do Exército, João Gabriel Nascimento de Assis, 20, na manhã desta segunda-feira (30), deixou seus familiares inconsoláveis. De acordo com a cunhada do jovem, que preferiu não se identificar, a família ainda está desolada com a crueldade feita contra Gabriel. “[Ele era um] menino bom, inocente, sem envolvimento com o crime”, descreveu a mulher.
Nesta terça-feira (31), os amigos e os parentes do cabo do Exército darão o último adeus ao jovem. O corpo de João Gabriel será enterrado às 14h, no Cemitério Bosque da Paz.
Relembre o caso
Na noite do último domingo (29), Gabriel saiu com amigos e a namorada para o Imbuí, depois de assistir ao Ba-Vi com o pai. Na hora de ir embora, ele foi deixar um amigo no bairro de Tancredo Neves e estava voltando para casa. Ele chegou a mandar um vídeo pilotando uma moto, relatando que estava chegando, por volta das 3h de hoje.
O jovem, contudo, não chegou em casa e não deu mais notícias. Pela manhã, o corpo dele foi achado na San Martin. O pai suspeita que ele foi sequestrado por uma facção criminosa. “Meu filho estava voltando para casa… E aí eu mandei mensagem para ele 3h30, mais ou menos, visualizou mas não respondeu mais nada, e apareceu no status dele uma sigla de uma facção. A gente deduziu que ele tinha sido sequestrado, ele foi pego por essa facção, e a gente começou a correr atrás de pessoas conhecidas, começou a ligar para um, para outro, para ver se encontrava”, contou Rogério Assis à TV Bahia.
A família soube pela manhã do corpo encontrado na San Martin – o pai chegou a ir até o local, mas a polícia já havia feito a remoção. “Só vi as marcas de sangue no chão”, acrescenta o pai.
A Polícia Militar informou que equipes da 9ª Companhia Independente (CIPM) foram ao local após denúncias de que um homem estava ferido por tiros no Largo do Cotovelo, no Alto do Peru, perto da San Martin. Lá, já encontraram o rapaz sem vida. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para realização da perícia.
O caso foi registrado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que vai conduzir a investigação. Até o momento, a Polícia Civil não tem novas informações sobre a investigação do caso.