InícioEditorialMúsica, teatro e dança: oficinas mudam rotina de escola pública no DF

Música, teatro e dança: oficinas mudam rotina de escola pública no DF

O ensino das múltiplas linguagens artísticas como forma de expressão. Este é o conceito que o projeto Viva Arte Viva leva para alunos do 6° ao 9° ano do Centro de Ensino Fundamental 11 (CEF 11) do Gama.

Cerca de 700 estudantes participam desde agosto deste ano, de oficinas gratuitas de artes e educação artística tais como: música, dança e teatro, ministradas sempre no contraturno escolar.

O ponto principal do projeto ocorrerá nesta segunda-feira (4/11), com uma mostra de artes no Teatro Paulo Gracindo no Sesc do Gama. Através do projeto, os estudantes poderão exercer na prática, o que aprenderam na teoria durante as aulas.

A iniciativa é uma parceria da Associação dos Amigos das Artes de Brasília Brasil (Amabra), que tem o nome fantasia Orquestra Filarmônica de Brasília (OFB), com termo de fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) e acordo de cooperação com a a Secretaria de Educação do DF (SEEDF).

Diretora do CEF 11 do Gama, Leila Rodrigues, comentou que a iniciativa chegou para agregar um movimento cultural que existe há 25 anos na instituição de ensino.

“Como nós já tínhamos um projeto de musicalização na escola, com a banda fanfarra do CEF 11, o projeto veio como forma de ‘cereja do bolo’ para agregar algo que já tínhamos. É uma iniciativa que vem para ajudar o currículo da escola pública. A formação desse alunos vem de um contexto, com áreas interligadas. Trabalhar com essas oficinas, é trabalhar história, arte, matemática, geografia e português. Tudo está conectado”, pontuou a diretora.

Coordenadora educativa do Viva Arte Viva, Cleani Calazans, destacou que o proposta trabalha com três linguagens da arte para proporcionar uma formação profissionalizante.

“Significa transformação social na comunidade e uma transformação pessoal também. É uma proposta que surge não só como entretenimento, mas para formação mesmo, como cidadão. Quando você trabalha com arte, você traz mudanças significativas na qualidade de vida das pessoas”, ressaltou.

Veja imagens do projeto no CEF 11 do Gama:

10 imagens

Aula de teatro com o professor Luiz Lemes

Aula de canto coral com maestro Thiago Francis da Orquestra Filarmônica de Brasília
Maria Luiza Ramos, aluna do 9º ano do CEF 11
Aula de violino
Alunos irão se apresentar nesta segunda-feira (4/11), no SESC do Gama
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Estudantes exercem na prática o que aprendem na teoria durante as aulas

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

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Aula de teatro com o professor Luiz Lemes

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

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Aula de canto coral com maestro Thiago Francis da Orquestra Filarmônica de Brasília

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

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Maria Luiza Ramos, aluna do 9º ano do CEF 11

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

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Aula de violino

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

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Alunos irão se apresentar nesta segunda-feira (4/11), no SESC do Gama

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

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Aulas de violino ocorrem desde agosto

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Alunos do canto coral

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Professor de violino Konan Oliveira

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

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Projeto é uma parceria da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal com a Associação dos Amigos das Artes de Brasília Brasil (Amabra), que tem o nome fantasia Orquestra Filarmônica de Brasília (OFB)

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Mostra de artes

Estudante do 9º ano do CEF 11, Maria Luiza Ramos Calixto Oliveira, 15 anos, está animada com os resultados da aulas de violino.

“Sempre achei violino muito bonito. Meu pai canta e toca violão e quando tive a oportunidade de aprender um instrumento, fiquei muito feliz. Percebo que me ajudou muito com a timidez. Sou do Rio Grande do Norte, cheguei neste ano, no DF, e o violino me proporcionou espaço para novas amizades. Quero aprender a tocar muitas músicas e levar o violino a outro patamar na minha vida”, comentou Maria Luiza.

Para o professor e violinista da OFB, Konan Oliveira, ensinar crianças e adolescentes têm sido uma experiência incrível.

“É muito gratificante poder ver cada um com uma particularidade e vivência diferente mas com um único intuito que é de fazer música e unir todos eles. Assim, podemos mostrar que a música erudita é acessível a todos e que é possível ter um mundo de possibilidades quando você aprende um instrumento. Sabemos que a condição socioeconômica de muitos deles, que são bem simples, poderia não permitir essa oportunidade única que o projeto oferece”, destacou Konan.

O professor de teatro Luiz Lemes, preparou alunos para o espetáculo que trabalha o texto Museu Nacional [Todas as vozes do fogo] e está feliz com o entusiasmo dos novos artistas.

“Nesta altura, já é possível perceber um brilho enorme nos olhos. No início, a gente vê muito aquela timidez, um falar muito baixo, e eu quase não escutava eles. Agora, a gente têm diálogos incríveis e eu consigo escutar todo mundo. Estabelecemos uma parceria para definirmos tudo juntos e isso ajudou muito  no interesse pela arte. Estamos ansiosos pelo resultado final com a apresentação. é um momento especial para consolidar tudo o que eles aprenderam.”

O projeto oferta na escola, oficinas de ballet clássico, teatro, violino, canto, entre outras. A mostra dos estudantes ocorre nesta segunda-feira, às 19h, no Teatro do Sesc do Gama em uma apresentação junto da Orquestra Filarmônica de Brasília.

O evento contará com audiodescriação para pessoas com deficiência visual e tradução simultânea em libras para o público com deficiência auditiva. A entrada é gratuita.

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