Sendo um dos três deputados federais baianos que assinaram a PEC do fim da escala 6×1, Jorge Solla (PT) avaliou que o terreno da Câmara, atualmente, não está favorável para a discussão da matéria. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da Rádio Antena 1 101.1, nesta segunda-feira (11), o parlamentar avaliou que é preciso “esquentar” o clima da Casa Legislativa para se iniciar a discussão.
“Sendo bem realista, o terreno não é positivo, não vou vender ilusões. Nós temos atualmente 130,140 deputados que votam a favor dos trabalhadores porque os representam, porque defendem os direitos. Então o termômetro está muito frio, tem que esquentar a chapa, tem que pressionar, tem que cobrar. Os agentes comunitários de saúde já aprovaram três PECs, não foi pela boa vontade dos deputados que elas foram aprovadas, é porque eles sabem fazer mobilização”, disse Solla.
LEIA TAMBÉM:
- Proposta pode ser boa para empresários, avalia Lídice da Mata sobre fim da escala 6×1
Apesar de avaliar que o clima não ser o mais favorável dentro da Câmara, o deputado petista foi otimista em relação à pressão popular para que a PEC seja colocada em pauta na Casa. Segundo ele, já é percebido uma mobilização popular que poderá reverter o atual cenário dentro da Câmara.
“Mas eu estou otimista do ponto de vista, não da posição atual do Congresso, eu estou otimista em relação a capacidade de organização e mobilização que pode reverter, mudar a votação de muitos parlamentares porque querem ter sua possibilidade de reeleição na eleição daqui a dois anos. É um bom momento para fazer essa mobilização, temos um ano aí pela frente antes do processo eleitoral começar a esquentar e temos que pautar isso. É uma luta importante”, comentou o deputado.
Ao longo da entrevista, Solla também afirmou que a medida irá acarretar em uma maior geração de empregos. Atualmente a PEC prevê a implementação de uma escala 4×3 e, por conta disso, segundo o petista, geraria mais oportunidades por conta da redução da escala de trabalho, precisando assim de mais empregados para ocupar os diferentes dias.
“É a forma mais efetiva para conquistar uma maior geração de empregos. Você não aumenta os empregos porque diminui impostos. Você só aumenta emprego quando aumenta a demanda, aumenta a massa salarial, as pessoas compram mais”, avaliou Solla.