InícioEditorialPolítica NacionalNetanyahu está isolado e usa fake news para se afirmar, diz Pimenta

Netanyahu está isolado e usa fake news para se afirmar, diz Pimenta

Em resposta pública ao chanceler de Israel, o ministro da Secom afirma que o governo israelense espalhou notícias falsas sobre Lula

A declaração de Pimenta foi uma resposta pública ao ministro de Relações Exteriores de Israel, que voltou a pedir retratação de Lula Sérgio Lima/Poder360 – 6.fev.2024

PODER360 20.fev.2024 (terça-feira) – 17h24

O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou nesta 3ª feira (20.fev.2024) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está isolado e que seu governo usou fake news contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi uma resposta pública ao ministro de Relações Exteriores de Israel, que voltou a pedir retratação do petista e diz que a fala do presidente é um “cuspe no rosto dos judeus brasileiros”.

Mais cedo, o perfil do governo de Israel no X (ex-Twitter) disse que Lula nega o Holocausto. A mensagem foi publicada às 13h27 em resposta ao post de outro perfil, sem relação com a guerra na Faixa de Gaza ou com o episódio em que Lula comparou os ataques israelenses na região ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler (1889-1945) na 2ª Guerra Mundial (1939-1945).

“O Governo Netanyahu se nutre da guerra para se manter no poder. A maioria da população israelense rejeita a política extremista do governo e a comunidade internacional cobra o fim dos ataques em Gaza. Isolado, o governo de Israel adota prática da extrema-direita e aposta em Fake News para tentar se reafirmar interna e internacionalmente”, afirmou Pimenta.

O ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, voltou a exigir nesta 3ª (20.fev) um pedido de desculpas do presidente brasileiro pela fala em que compara os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945).

No X (ex-Twitter), o chanceler subiu o tom e disse que a declaração de Lula é “um cuspe no rosto dos judeus brasileiros”. Declarou que não é tarde para que o presidente “aprenda História” e “peça desculpas”.

“Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler? É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?”, disse Katz.

Pimenta classificou a fala de Katz como notícia falsa: “O chanceler de Israel, Israel Katz, distribui conteúdo falso atribuindo ao Presidente Lula opiniões que jamais foram ditas por ele. Em nenhum momento o presidente fez críticas ao povo judeu, tampouco negou o holocausto. Lula condena o massacre da população civil de Gaza promovido pelo governo de extrema-direita de Netanyahu, que já matou mais de 30.000 palestinos, entre eles, 10.000 crianças.”

Entenda na linha do tempo abaixo:

18.fev.2024 – Lula compara os ataques de Israel às ações de Hitler contra judeus; 18.fev.2024 – Benjamin Netanyahu critica Lula e classificou sua fala como “vergonhosa”; 19.fev.2024 – ministro de Relações Exteriores de Israel declara Lula “persona non grata” e constrange publicamente embaixador do Brasil no país, Fred Meyer, ao levá-lo para o Museu do Holocausto de Jerusalém; 19.fev.2024 – Brasil chama embaixador Fred Meyer de volta ao país; 19.fev.2024 – ministro de Relações Exteriores do Brasil diz em reunião com embaixador de Israel que Meyer foi humilhado; 19.fev.2024 – no Planalto, avaliação é a de que Lula não pedirá desculpas; 20.fev.2024 – ministro de Relações Exteriores de Israel volta a pedir retratação de Lula e diz que fala do presidente é um “cuspe no rosto dos judeus brasileiros”.

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