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O banho de água fria na base petista, o bolão da queda de Rui Costa e a farra junina

Foto: Divulgação

Banho de gelo
Uma pesquisa qualitativa feita recentemente pelo grupo petista em Salvador jogou um balde de água fria nos planos da base para as eleições do próximo ano. De acordo com informações obtidas pela coluna, os números surpreenderam negativamente os integrantes do núcleo duro governista no estado, que esperavam um desempenho melhor dos possíveis postulantes. Lideranças do grupo de Jerônimo, inclusive, já avaliam a possibilidade de rever as estratégias e de mudança de rota diante do cenário pessimista que foi apresentado. 

RuiBet
Já tem deputado e liderança em Brasília fazendo aposta sobre a possibilidade de queda do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) – caso que já vem sendo cogitado pela imprensa nacional. Como a moda do momento são as “Bets”, o bolão é para saber quem acerta quando Rui vai deixar a pasta. A maioria acredita que o ministro não passa do final do ano devido ao desgaste político de Rui tanto dentro quanto fora da base aliada de Lula. 

Direitos humanos
A situação dos atendimentos de saúde nos presídios de Salvador, de responsabilidade da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado (Seap), vai de mal a pior. O Ministério Público estadual (MP-BA) chegou a abrir um procedimento administrativo para acompanhar o caso, após a realização de uma fiscalização nas unidades prisionais da capital baiana, que identificou uma série de irregularidades nos atendimentos aos custodiados, inclusive no presídio feminino. O caso é tão grave que o MP chega a informar que o Hospital de Custódia e Tratamento (HCT) está prestes a fechar as portas, limitando ainda mais o atendimento aos presos. Agora, com a palavra, a área dos direitos humanos do governo do estado, comandado pelo PT há mais de 16 anos. 

Farra junina na Sufotur
A chegada do mês junino acelerou a corrida política dentro da Sufotur (antiga Bahiatursa) para o financiamento de festas de aliados do governo pelo interior da Bahia. O problema é que a operação acontece a partir de uma gambiarra administrativa e financeira que atropela o rito legal para uso dos recursos públicos e fere de morte os princípios da transparência. Isso porque muitos contratos acabam sendo publicados somente depois da realização do evento, assim como os pagamentos, que ainda ficam sujeitos a correções de valores no futuro. Assim, apesar de ter mudado de nome, a estrutura da superintendência continua funcionando nos moldes atípicos como se verificou em 2022, ano em que tinha orçamento de R$ 38 milhões, mas conseguiu gastar expressivos R$ 206 milhões em agendas que se misturavam com a campanha eleitoral do atual governador Jerônimo. 

Saia justa no campo
O presidente Lula deve encontrar um ambiente de saia justa se realmente comparecer na abertura da Bahia Farm Show, na próxima terça (6), em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste do estado. Depois de atacar reiteradamente o agronegócio, terá que lidar com a evidência mais recente de que foi o setor responsável por fazer crescer o PIB brasileiro no primeiro trimestre deste ano. Terá ainda de responder o motivo do governo ter dado uma espécie de carta branca para o MST intensificar de maneira destemida invasões de terras pelo interior da Bahia. Tudo isso acontece ao passo em que a CPI do MST começa a tomar fôlego na Câmara dos Deputados. Organizadores do grupo Invasão Zero projetam externar durante a Feira reclamações sobre a falta de salvaguarda dos governos federal e estadual ao produtor rural.

Política baixa
Causa estranheza a postura dos sindicatos de servidores públicos municipais diante das negociações de reajuste salarial com a Prefeitura de Salvador. No estado, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) ofereceu e conseguiu aprovação pela Assembleia Legislativa de um aumento de 4%, percentual que foi seguido por outras instituições públicas. Na capital baiana, a gestão municipal apresentou uma proposta similiar. Agora, os mesmos sindicatos que aceitaram praticamente calados o reajuste de Jerônimo estão bradando contra a Prefeitura. Todo mundo sabe do jogo político deles com o grupo petista, mas parece que agora nem fazem mais questão de esconder que o movimento busca somente desgastar os adversários do PT. 

Patrimônio retomado I
Depois de anos de negligência tanto do governo federal como do Estado, sob gestões do PT, coube à Prefeitura de Salvador assumir o compromisso de tirar do papel o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), que é considerado um dos maiores centros de cultura afro-diaspórica do mundo. Apesar de toda a retórica do grupo petista, nada foi feito na prática durante anos e, por pouco, não fechou em definitivo durante a pandemia por dificuldades financeiras. Na última quinta-feira (1º), o prefeito Bruno Reis (União Brasil) assinou uma parceria que vai investir pelo menos R$ 15 milhões para não só terminar a obra como reformar o que já foi feito. Além disso, vai realizar a segunda etapa do projeto, ampliando o museu e o seu acervo histórico, entregando finalmente a Salvador um equipamento à altura de seu patrimônio.

O calote de Jerônimo nos aposentados
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) não concedeu aos aposentados e pensionistas do Estado o reajuste de 20% que aplicou aos servidores em cargos comissionados, mas que por lei se estende aos funcionários que deixaram a ativa com a garantia de manter a mesma remuneração de quando ocupavam cargos de confiança. O ato do governador atropelou o que diz a lei do Estatuto do Servidor Público (6.677/94) e deve provocar uma onda de judicialização. O caso provocou revolta. Desde a última segunda, o sindicato que representa os servidores da Fazenda (Sindsefaz) encaminha dezenas de contracheques à Superintendência de Previdência em busca de respostas, já que muitos servidores receberam vencimentos três ou quatro vezes abaixo do que deveriam.

Governistas em fuga
Deputados da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) abandonaram coletivamente a Comissão de Meio Ambiente na Assembleia Legislativa e inviabilizam o funcionamento do colegiado já há dois meses. A debandada abre espaço para críticas de que o compromisso com o tema ambiental é apenas discursivo e não se traduz em trabalho efetivo da bancada da maioria. Somado a isso, a Bahia tem a chaga de ser o segundo lugar no ranking de desmatamento da Mata Atlântica no Brasil, razão pela qual, segundo interlocutores, os governistas fogem da pauta verde. A prova de fogo será na próxima, quando acontecem as celebrações pelo dia do Meio Ambiente.

Futurologia
Quem também resolveu fazer gestão com as próprias regras foi o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Menezes (PSD), que aplicou a nova tabela de taxas do Planserv na folha dos servidores da Casa antes mesmo que o projeto de lei que tratava do reajuste do plano de saúde fosse sequer colocado em votação. O texto foi aprovado no plenário em 23 de maio e sancionado naquele mesmo dia pelo governador, passando a ter efeito legal a partir da data de sua publicação. Menezes, contudo, cometeu o ato ilegal com base num exercício de futurologia. Nos corredores da Alba, os servidores já cobram abertamente pela correção da cobrança indevida.

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