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O novo factóide do governo, o castelo de areia de Jerônimo e o forró da perseguição

Projeto da ponte Salvado-Itaparica (Divulgação/GOV/BA)

Pede música
Seguindo a cartilha dos antecessores, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) parece continuar a fábrica de factoides em torno de obras no estado. O mais novo anúncio veio nessa semana com um estudo de viabilidade para a implantação de um trem entre Salvador e Feira de Santana. O problema é a falta de credibilidade dos governos petistas, que tem uma lista de promessas não cumpridas, a exemplo da ponte Salvador-Itaparica e do VLT – que virou monotrilho – do Subúrbio, que, pela proposta do governo, iria até Simões Filho. Mas, até agora, nada de obra. Já tem gente dizendo que, desse jeito, Jerônimo vai pedir música no Fantástico com as promessas de obras não cumpridas pelos governos petistas. Nas redes sociais, internautas chegaram a sugerir que a nova promessa de Jerônimo vai ser mais uma ilustração em 3D para colocar em outdoor e na propaganda do governo. 

Promessa 3D
Só para concluir o assunto, Jerônimo declarou nessa semana que não há previsão para o início das obras da ponte e do monotrilho. A primeira já vem sendo prometida há quase 20 anos e a segunda deveria ter ficado pronta em 2019, conforme os prazos anunciados pelo governo. Enquanto isso, tome-lhe 3D e propaganda!

Castelo de areia
A Paraná Pesquisa desta semana desmontou o castelo de areia montado pelo governo sobre a artificial aprovação de Jerônimo em Salvador. A cúpula governista chegou a improvisar uma margem de 70% para o petista, mas o levantamento oficial desta semana mostrou que Jerônimo figura entre os três piores governadores das dez maiores capitais brasileiras. Semanas atrás, o mesmo instituto apontou o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), com aprovação de quase 70% dos soteropolitanos, o que elevou a inquietude dos seus adversários. 

São João seletivo
Já soma R$ 23 milhões o balanço parcial dos gastos do governo do Estado com festas do período junino. O valor está dividido em custos com decoração (R$ 500 mil), contratação de atrações musicais (R$ 5,5 milhões) e convênios com prefeituras (R$ 17,3 milhões), onde mora a maior parte das reclamações quanto ao critério (ou ausência dele) na distribuição dos valores. Santo Antônio de Jesus, por exemplo, recebeu apenas R$ 50 mil de apoio estadual, apesar de ser uma das cidades mais procuradas por baianos e turistas nessa época do ano, enquanto municípios menores e sem a mesma relevância tiveram aporte até três vezes maior – como é o caso de Varzedo e Laje, que receberam R$ 100 mil e R$ 120 mil, respectivamente.

Forró da perseguição
A principal diferença, na maioria dos casos, está na cor da bandeira partidária do gestor ou de quem ele é aliado. No caso de SAJ, além de ser filiado ao PSDB, o prefeito Genival Deolino é parceiro político do deputado Alan Sanches (União Brasil), líder da bancada de oposição ao governador Jerônimo, o que fez suscitar a hipótese de perseguição política. “A gente não entende o critério que está sendo utilizado para dar esse apoio muito pequeno, pífio para Santo Antônio de Jesus. Eu quero crer que não seja perseguição ao nosso município, à nossa cidade de Santo Antônio”, protestou Alan, ao pedir reavaliação do investimento.

Gastança
E por falar em gastos com festas no São João, um caso curioso vem do município de Itagibá, no Médio Rio de Contas. A cidade, que tem menos de 15 mil habitantes, terá artistas pomposos na sua grade de atrações para os festejos juninos, como João Gomes, Tayrone e Thiago Aquino. Para bancar a festança, o município vai desembolsar a bagatela de R$ 1,8 milhão, valor similar ao que a prefeitura local recebe por mês de transferência federal do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O prefeito Marquinhos Barreto (PCdoB) tem feito bastante alarde com o evento na cidade, que tem um IDH considerado baixo.

Joga y joga
Nos bastidores da política baiana, há quem diga que o advogado de Lula, Cristiano Zanin, indicado pelo presidente para o Supremo Tribunal Federal (STF), tem se articulado melhor com o Congresso Nacional do que o governo federal. Mostrando habilidade e capacidade de diálogo, Zanin tem se encontrado com diversos caciques partidários para consolidar sua indicação, que será apreciada pelo Senado. Já teve gente sugerindo que Zanin desempenharia muito melhor a função de ministro da Casa Civil. 

Acabou o love
O presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), reclamou essa semana durante uma sessão: “Está aqui para votar o pessoal da oposição, o pessoal do governo é que não está na Casa ou não está no plenário. Só a oposição ajudando, viu, Rosemberg (Pinto, líder do governo)”. A principal queixa é quanto aos cargos em estruturas no interior do estado e no terceiro escalão do governo. Rosemberg ficou visivelmente enfraquecido no plenário e ainda teve de ouvir Adolfo expor nos microfones que a sessão só foi adiante graças aos oposicionistas

Guerra fria
Nas entrelinhas da declaração de Adolfo está também a articulação do presidente do Legislativo para minguar o sonho de Rosemberg de comandar a Assembleia Legislativa no biênio 2025-2026. Embora hoje a reeleição do atual presidente seja vedada pela legislação, não é novidade para ninguém que Adolfo deseja seguir no cargo e já trabalha para minar os possíveis adversários. 

Quem fala o que quer…
Como diz o ditado, quem fala o que quer ouve o que não quer. Em uma de suas raras aparições na tribuna da Alba, o deputado estadual Eduardo Alencar (PSD) foi questionar uma operação de crédito de Simões Filho, município do qual foi prefeito, e tomou uma invertida da deputada Kátia Oliveira (União Brasil), esposa do atual prefeito, Dinha Tolentino. Precisou ela lembrar a Eduardo, que é irmão do senador Otto Alencar (PSD), que ele deixou o município com 92% de endividamento em relação à receita e com o “nome sujo”, sem poder celebrar convênios e contrair empréstimos. Hoje, Simões Filho tem classificação B na capacidade de pagamento – considerada boa – e endividamento abaixo de 50%. 

Base desunida I
A base governista tem batido cabeça no Extremo Sul. Enquanto, na teoria, os caciques petistas pregam candidaturas únicas do grupo nas maiores cidades, na prática a situação tem sido bem diferente. Em Teixeira de Freitas, por exemplo, o MDB já avisou que vai lançar o ex-deputado Uldirico Filho, enquanto o PT não abre mão da advogada Raíssa Félix, esposa do ex-prefeito João Bosco – que só não vai disputar porque está inelegível. A divisão da base governista pode ajudar o atual prefeito Marcelo Belitardo (União Brasil). 

Base desunida II
Em Eunápolis a situação é similar. Por lá, a prefeita Cordélia Torres (União Brasil) deve ter como adversário o ex-prefeito Robério Oliveira (PSD), mas o atual prefeito de Santa Cruz Cabrália, Agnelo Santos, que se filiou recentemente ao Avante e é o favorito do presidente do partido, Ronaldo Carletto, também está de olho na disputa.

Fake pra todo lado
Na sessão da última quarta, na Assembleia Legislativa, o deputado Emerson Penalva (PDT) precisou desmentir as informações colocadas de maneira distorcida pelo petista Robinson Almeida sobre o reajuste salarial concedido aos professores da rede municipal. O pedetista esclareceu que, enquanto o governo estadual deu apenas 4% aos professores que têm subsídio, o prefeito Bruno Reis aplicou reajuste linear de 8% para toda a categoria. Vale lembrar que, mesmo com o reajuste concedido pelo governador Jerônimo Rodrigues, os professores da rede estadual passaram todo este primeiro semestre com salário-base abaixo do que estabelece o Piso Nacional do Magistério. 

Segue como gincana
E a resenha mais recente entre os deputados, incluindo governistas, é que o Bahia sem Fome já tem corrida e jingle, só não tem mesmo Projeto de Lei.

Ao som da zabumba
O conselho de administração da Embasa convocou uma Assembleia Geral às vésperas do São João, na próxima quinta-feira (22), para chancelar a emissão de R$ 300 milhões em debêntures da companhia. Na prática, a modalidade funciona como uma aquisição de empréstimo indireto, em que os títulos da empresa são colocados à venda no mercado de capitais. Por ora, as debêntures não serão conversíveis em ações, mas na avaliação de políticos e interlocutores da empresa, o movimento soa como um ensaio para a tentativa de privatização. Vale lembrar que já existe uma lei estadual sancionada pelo então governador Rui Costa que abriu o caminho para o processo de privatização – o que contraria as manifestações históricas do PT contrárias a essa direção. Agora, a boiada vai passar ao som da zabumba.

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