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Operação da PF mira presidente do PL, Torres, Braga Netto, Heleno e outros aliados de Bolsonaro

Agentes cumprem 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares em nove Estados e no Distrito Federal

Polícia Federal / Divulgação

Agentes cumprem as medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, em nove Estados e no Distrito Federal

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 8, a Operação Tempus Veritatis, que investiga organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Entre os alvos, estão militares, ex-ministros do governo anterior e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o general Augusto Heleno; general Walter Souza Braga Netto; o ex-ministro Anderson Torres; o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, entre outros. Segundo a PF, o objetivo do grupo investigado era “obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder”. São cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.

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Agentes cumprem as medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, nos Estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. As medidas cautelares também incluem a proibição dos alvos de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas. De acordo com a PF, as investigações apontam que o grupo se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições de 2022, com objetivo de viabilizar e legitimar uma intervenção militar.

Ainda segundo a corporação, o primeiro eixo de atuação dos investigados consistiu na construção e propagação da versão de fraude no último pleito eleitoral – vencido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno. Já o segundo eixo consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível. Os fatos investigados configuram os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

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