O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Jair Renan Bolsonaro (foto em destaque) pelos crimes de lavagem de dinheiro, uso de documento falso e falsidade ideológica. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Metrópoles. À Justiça caberá aceitar, integral ou parcialmente, ou rejeitar as acusações apresentadas pelos promotores.
O filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era investigado no âmbito da Operação Nexum, deflagrada em agosto pela Delegacia de Repressão à Ordem Tributária do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DOT/Decor), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O processo corre em sigilo desde o fim das investigações. Contudo, à época da operação, a coluna Na Mira revelou que o inquérito policial apontava a existência de uma associação criminosa cuja estratégia era obter vantagens econômicas indevidamente.
O principal alvo da operação e mentor do esquema investigado era Maciel Carvalho. Ele foi empresário de Jair Renan e colecionava registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo.
A estratégia do grupo envolvia a inserção de nomes de “testas de ferro” ou “laranjas” para ocultar o verdadeiro dono de empresas de fachada ou “fantasmas”, usadas por Maciel e comparsas dele nas atividades ilícitas.
Os policiais civis ainda descobriram, ainda, que os investigados forjavam relações de faturamento e outros documentos de empresas investigadas, com uso de dados de contadores sem consentimento e de declarações falsas para alterar fatos juridicamente relevantes, além de manterem movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com envio de valores para o exterior.
Procurada pela reportagem, a defesa de Jair Renan afirmou que só se manifestará por meio do processo.