O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, brincou com o “emparedamento” recebido pela bancada do PSD no começo da noite de terça-feira, 26. O articulador político do governo Lula foi colocado contra a parede por parlamentares como Laura Carneiro (RJ), Pedro Paulo (RJ) e Delegada Katarina (SE). Nesta quarta-feira, 27, Padilha conversou com jornalistas no Palácio do Planalto ao lado do líder do PSD, Antonio Brito (BA), que estava entre os deputados que o “emparedavam”. Em tom de brincadeira, Padilha afirmou que levou um “baculejo” da bancada do PSD. O motivo da conversa mais abrupta com Padilha foi por conta da recriação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O partido de Gilberto Kassab (PSD) quer a presidência do órgão. “Primeiro estou trazendo o [Antônio] Brito aqui. Sei que vocês ficaram chocadas e chocados pelo ‘baculejo’ que recebi ontem. Na periferia de São Paulo, a gente fala: ‘Tomei um bacu’”, brincou Padilha. “Ontem, pela Delegada Catarina, Laura Carneiro. Agora vou falar, vocês não têm ideia do que eles fazem comigo de portas fechadas, vocês não têm ideia. Foi ameno ontem porque tinha câmeras, com imprensa”, concluiu Padilha, enquanto Antonio Brito ria ao lado do ministro.
Após a brincadeira, Padilha explicou sobre a Funasa. Disse que a fundação é um pleito oficial do PSD e de outros partidos, mas que ainda não há definição. Segundo o ministro, não há cobranças sobre emendas para a cidade do Rio de Janeiro, como também foi abordado na conversa de ontem. “O segundo tema não tem nada a ver com a emenda do Rio de Janeiro. A cidade do Rio de Janeiro tem uma situação específica de saúde. Uma portaria feita pelo governo anterior que não foi paga. Tem um pleito do prefeito do Rio de Janeiro [Eduardo Paes] para o Ministério da Saúde refazer a portaria adequada para um modelo parecido. A cidade do Rio tem a felicidade do presidente Lula, que gosta do Rio. A ministra Nísia é carioca e gosta muito do Rio”, ressaltou Padilha.