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Padilha diz que ‘não existe qualquer discussão’ no governo para rever autonomia do Banco Central

Ministro da articulação política afirma que críticas de Lula a Roberto Campos Neto se restringem à taxa de juros

TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Ministro Alexandre Padilha falou sobre a autonomia do Banco Central após reunião do Conselho Político da Coalizão no Palácio do Planalto

O ministro Alexandre Padilha, que comanda a pasta das Relações Institucionais, falou com jornalistas nesta quarta-feira, 8, na saída do café da manhã que o governo federal promoveu com líderes e membros do Conselho Político da Coalizão no Palácio do Planalto e rechaçou qualquer possibilidade da gestão Lula propor uma revisão na autonomia do Banco Central. Segundo Padilha, “não existe qualquer discussão dentro do governo sobre mudança da lei do Banco Central”, mas sim uma “vontade de que aquilo que estão nos objetivos do BC sejam cada vez mais perseguidos por todos”, como perseguir o pleno emprego, suavizar as flutuações econômicas e garantir a estabilidade do país. A manifestação do ministro petista ocorre após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticar reiteradas vezes a maneira como o Banco Central lida com a taxa de juros. Na visão do chefe do Executivo, o Bacen deveria diminuir a Selic. No entanto, o Comitê de Política Monetária (Copom) – grupo do BC que analisa e define a taxa de juros – optou por manter a Selic – que não sofre alterações desde agosto do último ano – em 13,75%.

Durante a cerimônia de posse de Aloizio Mercadante no cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta semana, Lula criticou o Bacen e afirmou que a decisão de manter os juros em um alto patamar é “uma vergonha”. ” Só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram para a sociedade brasileira”, disse o mandatário antes de afirmar que o Brasil tem uma “cultura” de juros altos. Já na última terça-feira, 7, Lula disse que era necessário cobrar aqueles que defenderam a autonomia do BC e que estes avaliem se houve uma mudança significativa. “Eu acho que as pessoas que acreditavam que a independência do Banco Central ia, mudar alguma coisa no Brasil, que os juros ia ser menor, as pessoas que tomaram essa posição é que tem que ficar olhando se valeu a pena ou não”, pontuou. Em entrevista à GloboNews, em 18 de janeiro, o petista também considerou que a atuação de um Banco Central independente é uma “bobagem”. “Eu duvido que esse presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto] seja mais independente do que foi o [Henrique] Meirelles. Duvido”, analisou. Lula também disse que ia esperar “esse cidadão” – o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto – terminar seu mandato para fazer uma “avaliação do que significou o Banco Central independente”.

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