O triunfo do Bahia sobre o Atlético de Alagoinhas veio no calor da emoção, com o gol marcado por Rezende aos 45 minutos do 2º tempo. No entanto, o tricolor poderia ter saído de campo com um placar elástico pelo volume criado, sobretudo no primeiro tempo. Após a partida, o técnico Renato Paiva se mostrou satisfeito com o rendimento apresentado pelo Esquadrão.
“Ganhamos o atual bicampeão baiano, o jogo nunca poderia ser fácil. Já havíamos ganhado o vice-campeão [Jacuipense] e agora o bicampeão. Desde 2016 o Bahia não ganhava os três primeiros jogos, e é muito essa cultura que queremos, de triunfos”, iniciou o treinador.
“A segunda situação tem haver com o jogo. O empate era injusto, se é que se pode falar em injustiça no futebol. Mas fizemos muito para um resultado tão escasso e sofrido. Criamos muito, o nosso adversário criou duas chances, fez um gol e em outra poderia ter feito também. Temos que valorizar a consistência, em especial de criação , a qualidade como criamos as situações de gol, e a intensidade. Eu quero criar dúvidas no adversário, não ser uma equipe previsível”, completou.
Renato Paiva falou ainda sobre o posicionamento dos jogadores de meio-campo, em especial os volantes. O lance do gol de Rezende surgiu em uma jogada onde os dois jogadores de marcação estavam na área adversária. O camisa 5 fez o papel de pivô e anotou um golaço. De acordo com o português, a ideia é ter atletas que apareçam como surpresa.
“A nossa forma de jogar é baseada no jogo de posição e no jogo posicional. Aquilo que queremos é jogadores que podem aparecer em zonas para surpreender. Eu não quero volantes tipo estacas, parados. Para uma equipe jogar bem o coletivo tem que perceber se é para atacar rápido, posicional, se é para circular a bola. Isso gera impaciência nos torcedores, mas é para mover o adversário”, explicou.
“Precisamos interpretar o momento do jogo. Quero uma equipe muito completa. Isso demora e dá trabalho. Mas eu peço aos meus jogadores para serem a surpresa. Se é o volante que marca ou o lateral, essa é a imprevisibilidade que queremos. Isso faz crescer muito os jogadores”, completou.
Durante a entrevista pós-jogo, o treinador tricolor aproveitou para valorizar a vontade dos jogadores de buscar o triunfo até o fim, e se derreteu pela torcida do Bahia. Pouco mais de 23 mil pagantes estiveram na Fonte Nova.
“Eu vivi pela primeira vez esse ambiente na Fonte Nova e é de fato uma força brutal que empurra os nossos jogadores. É isso que eu quero deles, exigência, cobrança, mas que nesses momentos também empurrem o time rumo ao êxito”, afirmou.