A subsecretária de Mobiliário Urbano e Apoio às Cidades do Distrito Federal, Ana Lúcia Pereira de Melo, disse ter sido ameaçada e alvo de difamação por parte do presidente do Sindicato dos Feirantes do Distrito Federal (SindiFeira-DF), Francisco Valdenir Machado Elias.
Francisco Valdenir disse que Ana Lúcia quer “tomar banca e licitar” e incitou feirantes a se unirem para “matar a paulada essa cobra”. No áudio enviado em grupo da categoria, no aplicativo WhatsApp, o sindicalista afirmou que chegou a reclamar com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), mas não adiantou e, “pelo jeito, ela ficou mais forte ainda”.
“As autoridades já descobriram que nós não temos união. Então, podem fazer o que quiserem. Olha, nós que somos lideranças dentro de feira, tá na hora de acordarmos. Tá na hora de nós dar uma paulada e matar essa cobra de uma vez por todas”, afirmou. Ouça o áudio:
Ana Lúcia registrou um boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), na quarta-feira (16/10). À Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a gestora disse que Valdenir tem disseminado “inverdades e fake news”, além de difamá-la e ameaçá-la, em grupo de WhatsApp do qual participam outras lideranças de feiras da capital federal.
No áudio, o presidente do Sindifeira-DF disse que Ana Lúcia emitiu licença para ambulantes no Gama. Mas, segundo a gestora, quem é o responsável por esse tipo de autorização é a Administração Regional, e a afirmação tem prejudicado “a imagem profissional e pessoal”. A mulher informou que está sofrendo represálias.
À polícia, Ana Lúcia disse que teme pela vida e segurança, porque faz parte da função dela estar entre os feirantes, ambulantes e quiosqueiros.
No depoimento, a subsecretária do GDF relatou que “Francisco instiga e faz com que todos os feirantes pensem que ela é a causadora de todo e qualquer prejuízo da classe de feirantes”. Ana Lúcia enfatizou que o DF tem 38 feiras permanentes, 68 livres e mais de 50 mil feirantes.
Em outro áudio, o presidente do SindiFeira-DF pede para a categoria se unir e eleger representantes para 2026. Ouça:
A coluna tentou contato com Francisco Valdenir, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.