Para a conselho da procuradoria, Thaméa Danelon viola o decoro do cargo ao participar de eventos onde opinou sobre processos em andamento
A censura, de caráter simbólico, funciona como uma advertência e pode agravar futuras punições caso a procuradora Thaméa Danelon (foto) enfrente novos processos disciplinares Foto: Marcelo Oliveira – ASCOM MPF/SP – 08.nov.2021
PODER360 4.jun.2024 (terça-feira) – 22h32
O Conselho Superior da PGR (Procuradoria Geral da República) decidiu nesta 3ª feira (4.jun.2024) aplicar uma censura disciplinar à procuradora Thaméa Danelon, que atuou na operação Lava Jato em São Paulo.
Segundo a maioria do conselho, Danelon violou o decoro do cargo ao participar de entrevistas e eventos onde opinou sobre processos em andamento no STF (Supremo Tribunal Federal) e criticou decisões dos ministros.
A censura, de caráter simbólico, funciona como uma advertência e pode agravar futuras punições caso a procuradora enfrente novos processos disciplinares.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, votou a favor da censura, acompanhado por outros 6 integrantes do conselho. Outros 3 se posicionaram pela absolvição.
A defesa de Danelon alegou que suas declarações estavam dentro dos limites de sua liberdade de expressão e que ela não manifestou posições partidárias.
No entanto, o conselho concluiu que as declarações ultrapassaram os limites aceitáveis para alguém em sua posição.