A temporada está apenas no início e o caminho para o Bahia é longo. Mas, aos poucos, a equipe titular treinada pelo técnico Renato Paiva está ganhando forma. Já é possível observar uma espécie de espinha que deve sustentar o time ao longo do ano.
Nos quatro jogos que o Bahia disputou até aqui, Renato Paiva fez mudanças na equipe para evitar o desgaste da maratona que o Esquadrão vem enfrentando, com partidas a cada três dias. Porém, cinco jogadores tiveram o privilégio de disputar todos os duelos entre os titulares.
O goleiro Marcos Felipe, os zagueiros Kanu e Raul Gustavo, o lateral Douglas Borel e o volante Rezende parecem cada vez mais consolidados no que o comandante imagina que será o time ideal do tricolor. Individualmente, no entanto, esses jogadores vivem situações diferentes.
Marcos Felipe, por exemplo, chegou ao clube com status de titular, principalmente após a lesão sofrida por Danilo Fernandes na reta final da Série B do ano passado. Apesar da falha no lance que originou o gol da derrota para o Sampaio Corrêa, o goleiro tem um estilo de jogo que agrada a comissão técnica, com participação ativa no jogo com os pés e saídas da área para cobrir a linha de defesa.
Por falar em linha alta, a dupla de zaga também se mostrou bem entrosada nos primeiros jogos da temporada. Kanu e Raul Gustavo apresentaram atuações consistentes e, até agora, agradaram aos torcedores. Os dois estão entre os destaques da equipe e ainda não abriram brechas para os concorrentes. Também contratados em 2023, os zagueiros David Duarte e Marcos Victor sequer entraram em campo tamanho o domínio da dupla titular.
No meio-campo, o volante Rezende pode ser considerado a grande peça do Bahia até o momento. No tricolor desde o ano passado, ele oscilou entre boas e más atuações na Série B. Esse ano, o camisa 5 ganhou mais liberdade no esquema de Renato Paiva e, de forma constante, aparece na área como elemento surpresa. Tanto que ele já marcou dois gols no Campeonato Baiano.
Análise
Após a estreia na Copa do Nordeste, Renato Paiva falou sobre o rodízio na equipe e explicou os critérios para as escolhas de atletas. “É muito simples. É só contar os minutos que tem o Rezende e que tem o Nico [Acevedo]. É muito simples. Chávez sai com cansaço muscular. Como disse na última coletiva, está muito atrasado em relação aos outros colegas. Goulart entrou 20, 25 minutos, trazia um cansaço do último jogo. Rezende tem muitos mais minutos comigo, não vou arriscar perder jogadores porque tem um calendário apertadíssimo”, disse.
Dos cinco jogadores que iniciaram todas as partidas do Bahia, o lateral Douglas Borel vive uma situação diferente do restante. Ele é a única opção do time para o setor. Titular em parte da temporada passada, o garoto André está com a Seleção Brasileira na disputa do Sul-Americano sub-20, na Colômbia.
Já Cicinho, que foi contratado do Ludogorets, se apresentou no fim da pré-temporada e ainda está em processo de preparação física e adaptação ao estilo de jogo do treinador. É possível que ele ganhe alguns minutos nos próximos jogos.
Por sinal, não será surpresa se o técnico tricolor escalar uma equipe mais modificada contra o Jacobinense, quarta-feira (25), às 21h30, na Arena Cajueiro, pelo Campeonato Baiano. No próximo domingo, o Bahia enfrentará o rival Vitória, no primeiro clássico do ano. A partida será na Arena Fonte Nova.