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Polícia Federal colhe DNA e faz perícia em celulares para colher provas das invasões em Brasília

A Polícia Federal começou a comparar o DNA das pessoas detidas pelas invasões aos prédios públicos na Praça dos Três Poderes (Palácio do Planalto, Congresso e Superior Tribunal Federal), em Brasília, no último domingo, 8, com o material genético colhido após os atos de vandalismo. Fezes, urina, pele e cabelo dos manifestantes foram coletados dentro dos edifícios vandalizados nos atos de 8 de janeiro. Este cruzamento de dados genéticos poderá ser usado como prova contra os 1.418 manifestantes presos — por exemplo, aferir se alguém de fato entrou nos prédios federais. Além disso, a PF tem mãos em mais de mil celulares apreendidos. Os peritos tentam descobrir pistas sobre a invasão e, principalmente, quem são os financiadores dos protestos. As oitivas dos detidos devem ser finalizadas na sexta-feira. Entre os mais de 1.400 presos, aproximadamente 600 foram liberados por questões humanitárias.

Além dos manifestantes, a Polícia Federal apura se autoridades devem ser responsabilizadas pela violência que tomou conta dos protestos. Após pedido da PF, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou as prisões de Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, e Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF. Os dois são acusados de se omitirem diante de informações de que haveria invasão aos prédios na Praça dos Três Poderes. “Absolutamente nada justifica a omissão e conivência do Secretário de Segurança Pública e do Comandante Geral da Polícia Militar. As omissões, detalhadamente narradas na representação da autoridade policial, verificadas, notadamente no que diz respeito à falta da devida preparação para os atos criminosos e terroristas anunciados, revelam a necessidade de garantia da ordem pública”, escreveu Moraes em sua decisão.

Moraes ainda acolheu uma solicitação da Procuradoria-Geral da República e incluiu Jair Bolsonaro (PL) nas investigações devido a uma publicação nas redes sociais do ex-presidente em 10 de janeiro, dois dias depois dos atos de vandalismo. Segundo o ministro do Supremo, o ex-mandatário da República “se posicionou de forma atentatória às instituições”. O magistrado não determinou quando será o interrogatório de Bolsonaro, que está fora do país — ele viajou para a Flórida, nos Estados Unidos, no último dia 30 de dezembro. Torres também estava no Estado da Costa Leste americana antes de voltar ao Brasil e se entregar à Polícia Federal, mas não há nenhuma evidência de que eles se encontraram.

A oposição quer implicar o ministro da Justiça, Flávio Dino, nas investigações sobre os atos de 8 de janeiro. Baseado em alertas que a Agência Brasileira de Inteligência soltou antes dos violentos protestos na Praça dos Três Poderes, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirma que Dino sabia o que iria acontecer e que, por isso, pedirá o afastamento e a prisão do ex-governador do Maranhão. “Tanto ele como o presidente Lula, sabiam de tudo e deixaram a tragédia acontecer”, disse Val, em seu perfil no Twitter. O parlamentar publicou um documento que mostra o ministro dizendo que poderia chamar a Força Nacional em caso de necessidade. “Então por que não chamou”, questiona Marcos do Val.

*Com informações da repórter Bia Manfredini

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