A Polícia Federal finalizou a investigação sobre um laudo médico apresentado por Pablo Marçal, do PRTB, que alegava uma internação de Guilherme Boulos, do PSOL, devido ao uso de cocaína. Os peritos descobriram que a assinatura do médico José Roberto de Souza, que já faleceu, era falsa. A análise grafoscópica revelou que a assinatura não corresponde ao padrão do profissional. O laudo foi comparado com assinaturas autênticas do médico, disponíveis em documentos oficiais. A PF observou que as discrepâncias não se limitam apenas à assinatura, mas também se estendem a outros aspectos do documento. Um detalhe adicional que chamou a atenção foi a presença de um dígito a mais no número da identidade de Boulos.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, desembargador Silmar Fernandes, comentou que, caso a fraude seja confirmada, Marçal poderá enfrentar consequências legais, incluindo a suspensão de seus direitos políticos. Essa possibilidade levanta questões sobre a integridade das informações divulgadas durante o período eleitoral. Marçal, por sua vez, defendeu-se ao afirmar que a responsabilidade pela publicação do laudo recai sobre seu advogado, Tássio Renam. Ele alegou que não estava presente no momento em que o documento foi postado, o que levanta dúvidas sobre a comunicação e a supervisão de sua equipe em relação a informações sensíveis.
Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA