Em assembleia na manhã desta quarta-feira (12) promovida pelo SINDPOC (Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia) os escrivães, investigadores e peritos técnicos de Polícia Civil da Bahia decidiram, por unanimidade, não trabalhar horas extras durante o Carnaval deste ano. Os trabalhadores não aceitaram a baixa remuneração (de R$ 158,00 a R$ 189,00 por noite) oferecida pelo governo.
A reunião aconteceu no auditório da Associação dos Funcionários Públicos do Estado, região central de Salvador.
No ano passado os servidores já sinalizaram a insatisfação quanto ao valor pago no período da festa. Em dezembro a direção do sindicato enviou ofício informando a posição da categoria ao secretário da Administração Edelvino da Silva Góes e ao secretário da Segurança Pública Maurício Barbosa, mas o governo não apresentou nenhuma proposta.
“Nós queremos prestar um serviço de qualidade, mas não é possível se não tivermos condições pra isso. O governo não está pagando o que é justo e mesmo assim não avançou na negociação”, disse o presidente do SINDPOC Marcos Maurício.
Os trabalhadores aprovaram também a retirada dos nomes dos policiais já inclusos na escala de Carnaval. “Todos trabalham igualmente para que a sociedade tenha uma diversão tranquila. Enquanto nós ganhamos essa quantia irrisória, delegados e peritos criminais ganham o dobro disso. Como vamos aceitar essa situação?, questionou o diretor financeiro Carlos Lima ao destacar que o guarda municipal ganha R$ 270,00 para trabalhar no mesmo período.
Conforme orientação do departamento jurídico da entidade, um formulário padrão será enviado para todas as unidades a fim de que o policial possa comunicar a retirada do seu nome da lista de convocação. “Trabalhar no Carnaval é facultativo, não é obrigatório. Mas sabemos como é importante a ampliação do número de policiais para dar conta de atender toda a demanda na ocasião desta grande festa que envolve milhares de pessoas”, observou o secretário-geral Bernardino Gayoso.
A categoria aprovou ainda que quem descumprir a decisão, e trabalhar, caso vier a necessitar do acompanhamento do departamento jurídico da entidade não será atendido. Da mesma forma os que forem pegos em atividades ilícitas (como tráfico de drogas, por exemplo). Os advogados do sindicato os acompanharão no primeiro momento, e se for comprovado o ato ilegal o advogado irá se afastar do processo.
A assembleia contou com a participação de trabalhadores de Salvador, Jequié, Itabuna, Ilhéus, Vitória da Conquista, Alagoinhas, Serrinha, Feira de Santana, entre outras. O diretor do Sindicato dos Policiais Federais do Estado da Bahia (SINDIPOL) Dermival da Cruz, o policial Adilson Ramos (representando os policiais nomeados recentemente), os advogados Luiz Américo Albiani e Lucas Augusto Albiani Neto também marcaram presença na reunião.
Observações para a entrega dos comunicados:
Cada policial deve imprimir duas cópias de cada formulário (para o delegado geral e para o diretor do DPT), preenche-los e protocolar na Polícia Civil. Em seguida deve enviar uma cópia para o sindicato. Já os policiais do interior devem encaminhar os formulários preenchidos via Sedex para o SINDPOC, que se encarregará de protocolá-los.
Confira o Comunicado de desinteresse do carnaval 2014 – Investigador e Escrivão
ASCOM SINDPOC
