Nome do ex-ministro do governo Dilma Rousseff foi indicado por Luiz Inácio Lula da Silva antes da posse do Planalto; atuação do político na campanha presidencial não feriu a Lei das Estatais, segundo ministro do TCU
TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Aloizio Mercadante foi indicado para o cargo de presidente do BNDES pelo chefe do Executivo federal, Luiz Inácio Lula da Silva
O Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta quarta-feira, 25, o nome de Aloizio Mercadante para o cargo de presidente do banco de fomento estatal. A aprovação do petista – indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – ocorreu de maneira unânime. Além do nome do ex-ministro da Educação do governo Dilma Rousseff (PT), também foram aprovadas a entrada de três diretores: Tereza Campello, Natalia Dias e Helena Tenorio. O trio se juntará aos já nomeados Alexandre Corrêa Abreu, José Luis Gordon, Nelson Barbosa e Luiz Navarro. Após a indicação de Lula do nome de Mercadante para a presidência do BNDES, muito se falou sobre a possibilidade do político assumir a função em decorrência da Lei das Estatais – que prevê uma quarentena caso um dirigente partidário tenha a pretensão de assumir um cargo público. No dia 10 de janeiro, porém, o Tribunal de Contas da União (TCU) entendeu que não há restrições para aqueles que tenham atuado em campanhas eleitorais de maneira voluntária para assumir cargos diretivos em estatais. Na campanha vitoriosa de Lula à presidência da República, Mercadante atuou de forma infomal como coordenador de campanha. O ministro da Corte, Vital do Rêgo, considerou que a situação de Mercadante “não se encontra abrangida na vedação”.