Jovens pradenses comemoravam com amigos num bar que fica localizado na Praça de Eventos no centro de Prado, durante a noite de ontem sábado (18). No local, havia um carro com som automotivo ligado e os policiais foram chamados pela população para determinar a ocorrência.
Segundo informações de testemunhas que estavam no local, os policiais solicitaram ao dono do veículo, que abaixasse o som. O pedido foi inicialmente atendido, mas logo o som foi religado. Os policiais retornaram ao local e quando faziam a apreensão do veículo iniciou um “Bate Boca”.
https://youtu.be/6rlnty2CTqw
Dois jovens foram atingidos por disparo de arma de fogo. Ambos foram socorridos e encaminhados para UPA 24 Horas do Prado. Familiares e amigos das vítimas, afirmam que os policiais agiram de forma truculenta. “Os dois policiais bateram neles e quem estava na frente. Apontaram arma e disparam”, contou um amigo das vitimas.
Os jovens após serem atendidos na UPA, foram levados para o Hospital Geral de Prado. Depois, os dois foram transferidos para o Hospital Municipal de Teixeira de Freitas.
As informações ainda são muito desencontradas. O comando da 88ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), responsável pelo policiamento no município do Prado, informou que o policial realizou os disparos depois de uma confusão durante ocorrência de som abusivo.
Veja abaixo a nota na íntegra:
Pelo que pudemos apurar até agora, a guarnição da Polícia Militar esteve no local (Praça de Eventos) para atender à diversas solicitações de perturbação do sossego, tendo em vista que um reboque (carretinha) de som estava com o volume muito alto, causando incômodo a várias pessoas.
Na primeira vez que lá estiveram, o dono do som não se apresentou, apenas diminuiu o som, provavelmente com um controle remoto, e considerando que o problema tinha sido resolvido, os policiais saíram pra atender a outra ocorrência do mesmo tipo lá na área da Cabana 51.
Após retornarem de lá, foram novamente acionados pela Central que recebeu denúncia de que tinham aumentado o volume novamente.
Os policiais retornaram à Praça de Eventos e como desta vez nem o proprietário do som se apresentou, nem diminuiu ou desligou o volume, o guincho foi acionado.
Momentos após, quando viram a chegada do guincho se posicionando para recolher o reboque com o som, vários dos presentes se comportaram de maneira hostil, conforme pode-se perceber no vídeo em anexo, inclusive, tentando impedir os policiais de fazerem a apreensão da aparelhagem de som, procedimento previsto em legislação.
Após o descrito no vídeo, os policiais tiveram que utilizar a força, primeiramente com tonfas, até mesmo para resguardar sua integridade física, e como não surtiu efeito devido à grande quantidade de pessoas hostis à ação policial, até porque chegaram a tomar as tonfas dos policiais, eles se viram obrigados a utilizar os meios que tinham à disposição para resguardar sua própria integridade física, não permitindo que ocorresse como já aconteceu em outros locais, de populares tomarem as armas dos policiais e os vitimarem.
Desta forma, fizeram uso da arma de fogo, tendo ainda a preocupação de evitar atingir os suspeitos em pontos vitais, mas agindo de maneira suficiente para repelir injusta agressão.
Logicamente que isso tudo ainda será formalmente apurado, inclusive, sendo ouvidos os suspeitos atingidos pelos disparos, bem como outras testemunhas, produzidos outros meios de prova como perícias e laudos de lesões corporais.
Por | Gladson Mota